harl3y's review against another edition

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4.0

i enjoyed this :) will def refer back as i write to some fav bits of advice

bookishlybeauty's review against another edition

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funny hopeful lighthearted fast-paced

3.75

amphigorist's review against another edition

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3.0

Love Szymborska's poetry (she might be my favorite poet, actually), and there are a few startling gems in here, but mostly it's just snark. Somewhat amusing, and a bit of an interesting peek in to the Polish literary scene, but if you're looking for writerly insight, probably looking up quotes online drawn from this book will get you most of best stuff.

anneacker17's review against another edition

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funny informative inspiring reflective medium-paced

3.0

rolandosmedeiros's review

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5.0

(...) Eu diria hoje que seu valor didático é mínimo, é praticamente apenas entretenimento." Diz a autora no fim deste livro, e eu não poderia discordar mais; não da segunda parte, é claro, a ironia e acidez amistosa o faz um livro extremamente divertido e cômico, mas da primeira: o valor didático, a singeleza, e a utilidade desse livro para quem vê prazer na leitura (e por osmose, também na escrita) é imensurável.

De 1960 a 1980, Szymborska escreveu uma coluna anônima para um jornal literário polonês chamado Zycie Literackie. A coluna intitulava-se Literary Mailbox e a ideia era que aspirantes a escritores enviassem seus trabalhos e recebessem conselhos úteis.

Para ela, era mais uma coluna, mais um trabalho, ela nem ao menos assinava com seu nome; ou seja, tudo que vemos nesse livro, todas as dicas e conselhos, foram escritos sem pretensão alguma, diferente de muitos outros livros que falam sobre o ato de escrever ou ler como se tivessem desvendado o (um) segredo universal. Foi até uma surpresa para ela que uma amiga se lembrasse dessa Coluna e sugerisse publicação.

Traduzi e reproduzerei no final da resenha algumas dessas respostas que ela deu a autores, para pegarem o gostinho da coisa; ela se repete apenas em algumas respostas, mas que, quando não são úteis são extremamente engraçadas. O importante é que peguem o tom, a partir daí a leitura flui que é uma beleza.

Ás vezes a autora é seria, outras vezes irônica, elogiosa e até dura. Mas há uma razão, ela quer desiludir os escritores; quando ela escreve uma resposta, ela se lembra dela própria, do banho de água fria que tomou de diversos editores, e do quão bom isso foi para ela no final das contas. Ela não é dura porquê estima demais a escrita no geral, Szymborska é dura com os aspirantes a escritores porque acha que eles se importam MUITO POUCO.

Seu conselhos são monumentalmente sensatos. Não seja um narcisista. Trabalhe (muito) mais. O melhor 'utensílio de escrita' é uma lixeira. A vida é curta, mas 'cada detalhe leva tempo'. Não seja utópico. Mantenha-se afastado do vazio o máximo que puder. Tudo isso é dito com outras palavras, mas mantendo sempre uma honestidade que pode ser confundida com dureza. Ela é como nossos pais, é áspera porquê quer que saibamos que o mundo (real ou editorial, da prosa ou da poesia, dos amores e amizades) é duro. Exemplo:
Para B. L. da Província de Wrocław

O medo de ser direito, os esforços constantes e meticulosos para metaforizar tudo, a necessidade incessante de provar que você é um poeta em cada linha: essas ansiedades afligem todo bardo iniciante. São curáveis, se percebidas a tempo. Seus poemas até agora se assemelham a traduções forçadas de discursos diretos em complicações desnecessárias. No momento, acredite em mim, uma única metáfora organicamente ligada ao conceito original do poema vale mais do que mil e quinhetos enfeites adicionados ex post. Por favor, envie-nos algo novo em alguns meses.


Eu acho que vai ser difícil achar um livro sobre a escrita que supere-o. E antes de prosseguir com as traduções que prometi, como não sou muito conceituado, deixo uma resenha muito boa deste mesmo livro feita nesse mês na Folha de São Paulo (eu nem sabia que tinha edição brasileira, o li em inglês, e acabei de descobrir tanto a resenha quanto a edição) e é reproduzido aqui também lgumas dessas entradas que apareceram na edição brasileira. Como eles são uma autoridade maior que eu, caso não tenham se convencido de ler até aqui, dê mais uma chance sobre a ótica de outra resenha mais profissional: https://outline.com/yHvYGc

Ele (o autor da resenha) tem uma visão um pouco diferente da minha — o título é um pouco clickbait — mas vale a pena ser lida. Ambos concordamos, ao menos, que esse é livro é extremamente necessário, e que não pode passar em branco. Como diz: é antisséptico.

COMO ESCREVER (E QUANDO PARAR) — Wislawa Szymborska — Entradas Iniciais da Edição Estadusunidense

Para P. Z. D., de Chorzów

“Por favor, me dê alguma esperança de publicação, ou pelo menos forneça algum consolo.” Devemos, depois de ler seus envios, escolher o último. Então atenção, por favor, estamos dando conforto. Um destino esplêndido espera por você, o destino de um leitor, e um leitor do mais alto calibre, ou seja, desinteressado pela escrita – o destino de um amante da literatura, que sempre será seu companheiro mais firme, o conquistado, não o conquistador. Você vai ler tudo pelo prazer de ler. Sem identificar “truques”, sem se perguntar se esta ou aquela passagem poderia ser melhor escrita, ou tão bem quanto, mas de uma forma diferente. Nenhuma inveja, nenhum desânimo, nenhum ataque de baço, nenhuma das sensações que acompanham o leitor que também escreve. Para você, Dante sempre será Dante, tenha ou não tias no ramo editorial. Você não será torturado à noite pela pergunta de por que X, que escreve versos livres, é publicado, enquanto você, que rima incansavelmente contando sílabas nas duas mãos, nem recebe respostas. As expressões faciais de um editor significarão menos do que nada para você, enquanto o estremecimento em vários estágios significará, se não nada, pelo menos não muito. E há também esse benefício não desprezível: as pessoas falam de escritores incompetentes, mas nunca de leitores incompetentes. É claro que existem hordas de leitores fracassados ​​– desnecessário dizer que não incluímos você entre eles – mas de alguma forma eles se safam, enquanto qualquer um que escreva sem sucesso será instantaneamente inundado por piscadelas, elogios falsos e suspiros. Nem mesmo as namoradas e parentes são confiáveis ​​nesses casos. Então, como você se sente agora? Como um rei? Esperamos que sim.

Para W. K. de Lublin

Suas observações até agora são de natureza puramente privada – elas dizem respeito a pessoas e lugares esboçados de uma maneira tão nebulosa e desconexa que não conseguem de maneira alguma chamar a atenção do leitor. Aliás, não entendemos por que você fala de sua mania de escrever como se fosse uma doença vergonhosa da qual você deve ser curado imediatamente. Não há nada remotamente anormal em querer escrever sobre seus pensamentos e experiências. Pelo contrário — isso revela sua cultura literária pessoal. O que é obrigatório não só para os autores, mas para as pessoas educadas em geral. Quando lemos versões publicadas de memórias e cartas entre estas pessoas, ficamos maravilhados com a forma literária dessas auto-revelações – compostas diversas vezes por indivíduos que além de não serem escritores, não tinham qualquer inspiração a se tornar... Hoje em dia, porém, assim que alguém escreve algumas palavras, começa a pesar seu valor, é obcecado pelos pensamentos de publicação, questiona-se se o tempo foi bem gasto... É uma pena que cada frase formulada mais ou menos graciosamente deva instantaneamente valer alguma coisa. E se a recompensa vier apenas dez ou vinte anos depois? E se essa frase bem trabalhada nunca colher dividendos em nenhum sentido público, mas apoiar, sustentar o escritor nas horas sombrias e enriquecer sua vida? Isso não tem valor?

Para Eug. Ł. de Inowrocław

A mesma velha reclamação sobre a “juventude”. Desta vez, devemos perdoar o autor, pois, segundo ele, ainda não foi a lugar nenhum, experimentou algo digno de menção ou leu tudo o que deveria ler. Tais confissões traem a crença (adolescente, portanto um pouco simplista) de que apenas as circunstâncias externas fazem o escritor. Que sua qualidade criativa deriva da quantidade de aventuras de sua vida. De fato, o escritor se desenvolve internamente, dentro de seu próprio coração e mente: através de uma propensão inata para o pensamento, sensibilidade aguda para assuntos menores, espanto com o que os outros vêem como comum. Viagens para o exterior? Esperamos sinceramente que você as aceite, eles às vezes são úteis. Mas antes de partir para Capri, sugerimos uma viagem para o interior. Se você voltar sem nada para escrever, nenhuma Azure Grotto o salvará.

Para Ewa, de Bytom

Quem sabe, talvez os poderes poéticos estejam adormecidos nas profundezas de sua alma. O fato é que eles ainda não vieram à tona. Você os impede com pilhas de metáforas desajeitadas, e tão empilhadas uma sob as outras que o mundo além delas desaparece de vista. Ser “poético” é o pecado reinante dos poetas iniciantes. Eles temem frases simples, dificultam as coisas para si e para os outros. Um em cada dez supera essa fase e se torna um bom poeta; cinco parara de escrever completamente; um muda para a prosa (com melhores resultados, esperamos); enquanto outros quatro se contorcem em poemas cada vez mais impenetráveis. Olhando para trás, vemos que nossos dez de repente se tornaram onze. Um poeta nasce a cada minuto.

Para Ula, de Sopot

Defina poesia em uma frase – por favor. Conhecemos pelo menos quinhentas dessas definições de várias fontes diferentes, nenhuma das quais nos parece abrangente e agradavelmente precisa. Cada um expressa o gosto de sua própria época. Nosso ceticismo nativo nos salva de tentar novas definições. Mas o adorável aforismo de Carl Sandburg me vem à mente: “A poesia é um diário escrito por uma criatura marinha, que vive na terra e deseja voar”. Isso serve por enquanto?

Para Puszka, de Radom

Até o tédio deve ser descrito com paixão. Esta é uma lei de ferro da literatura, que não há como suplantar. Você deve começar a escrever um diário – recomendamos isso a todos os aspirantes a escritores. Em breve você verá quantas coisas acontecem mesmo nos dias em que nada parece estar acontecendo. Se você não encontrar nada digno de nota, nenhum pensamento, observação ou impressão, a conclusão será a seguinte: você ainda não é qualificada o suficiente. Experimente.

elrincondelaslectoras's review against another edition

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4.0

Este libro es una recopilación de algunas de las respuestas de la sección "Correo literario", que la revista Vida Literaria tuvo durante 21 años. Aspirantes a escritores mandaban sus textos a la revista, y Wislawa Szymborska y su compañero redactor Wlodzimierz Maciag se encargaban de responder. Las respuestas están redactadas con mucha sabiduría y grandes dosis de ironía y sarcasmo. Y es que, entre los textos enviados, hay plagios, faltas de ortografía.... así que a veces son especialmente despiadados en sus respuestas.

Todo esto, hace de este libro una lectura tremendamente divertida, se lee con una sonrisa constante y alguna que otra carcajada. Pobres aspirantes cuando leyeran las respuestas.. ¿se desanimarían y dejarían de escribir, o quizá alguno de sus zascas tuvo "efectos terapéuticos", como dice Szymborska, y siguieron en su empeño de ser escritores/as?

"Yo intentaba que entendieran cosas elementales, les animaba a que reflexionaran sobre el texto recién escrito, a que fueran mínimamente críticos consigo mismos. Y, lo más importante, los animaba a leer libros."

Fantástico libro que debería ser de lectura obligatoria para futur@s aspirantes a escritores/as. Cualquiera no puede dedicarse a escribir, es lo que viene a decir este libro."El talento… Algunos lo tienen, y otros no lo tendrán nunca." Parece que ha bajado un poco el nivel de exigencia en los últimos años y quizá en esto los lectores tengamos mucho que decir, busquemos literatura de la buena para que la lectura no sea pasar solo un rato agradable, sino mucho más, para que además sea aprendizaje, reflexión, espíritu crítico..

".. un escritor se forma en su interior, en el corazón y en la cabeza: gracias a una innata (lo subrayamos, innata) predisposición a abstraerse, a vivir de forma emocional las cosas más pequeñas, a a sombrarse incluso ante aquello que a los demás les parece normal."

ilovewongkarwai's review against another edition

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3.0

Me reí mucho. Dejo esto:

“No, no y no, nadie escribe «para sí mismo», ¿de qué sirve esa mistificación? Absolutamente todo, desde la declaración «Józek es invécil» garabateada con tiza en un muro hasta «José y sus hermanos», fue escrito por la imperiosa necesidad del autor de imponer sus pensamientos a los demás. Lo máximo que uno anota «para sí mismo» son las direcciones en una agenda y, si es de espíritu valeroso, también las deudas contraídas.”

anto's review against another edition

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4.0

He descubierto a Wislawa Szymborska este año, buscando unos poemas que tuvieran que ver con la guerra y sus consecuencias. Hasta ahora solo conocía el nombre de esta autora polaca de oídas. Ya con aquellos poemas me pareció una persona realmente interesante, con un verso directo pero lleno de hermosas figuras.
Pues bien, esta colección de cartas me ha mostrado como manejaba también el sentido del humor y el arte de la ironía. Se trata de una colección de respuestas que daba en una columna de la revista a futuros escritores. Hay de todo, no demasiado hirientes la mayoría, al menos no en su superficie, pero sí muy imaginativas y con mucho sentido cómico.
Algún ejemplo:



Supongo que sería desalentador para algunos de esos escritores en ciernes leer estas respuestas. Pero como ella dice en una entrevista introductoria,

Además de leerse con placer y rapidez (lo que ayuda sin duda), seguro que pueden sacarse varios consejos que aplicar en un futuro.
La traducción está a cargo de [a:Katarzyna Mołoniewicz|15117632|Katarzyna Mołoniewicz|https://s.gr-assets.com/assets/nophoto/user/u_50x66-632230dc9882b4352d753eedf9396530.png] y [a:Abel Murcia|8337267|Abel Murcia|https://s.gr-assets.com/assets/nophoto/user/u_50x66-632230dc9882b4352d753eedf9396530.png].

readingsnorth's review against another edition

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3.0

["Cualquier cosa en este mundo se desgasta con el uso, excepto las reglas gramaticales. Utilícelas sin miedo, hay suficientes para todos."]
➖➖➖
Eres una prestigiosa escritora, lo tuyo te ha costado. Creatividad, esfuerzo, perseverancia. Ha sido un largo camino.
Te encargas de un consultorio de escritores en una revista polaca y te das cuenta de lo que equivocada que está la gente. Cualquier persona se cree con la capacidad de escribir y no piensan en el daño que pueden hacer con ello a los verdaderos amantes de la literatura. ¿Cómo gestionar todas las cartas que recibes? ¿Cómo dar una respuesta correcta a esas personas que ya se consideran escritores por unir unas pocas palabras? ¿Cómo no herirles con tu respuesta pero tampoco darles falsas esperanzas?
La escritora polaca Wislawa Szymborska se encargó durante unos veinte años de un consultorio de escritores. Corrían los años 60 y a la revista polaca, 'Vida literaria', no paraban de llegar escritos. Durante todos esos años ha recibido cartas de todo tipo y en todos los casos supo dar unas grandes respuestas. Respuestas brillantes llenas de ingenio y sentido del humor. Respuestas muy directas, con un toque irónico y sarcástico.
En este libro podemos leer algunas de esas maravillosas respuestas y en ciertos momentos te das cuenta de lo difícil que ha tenido que ser para la autora. Ver como se entrometen en tu oficio personas que no le tienen el cariño suficiente. Ver como ciertas personas consideran que tu oficio es un trabajo muy sencillo y que cualquier persona lo podría hacer… 'Correo literario' es un libro para leer despacio, poco a poco. Considero que es una lectura muy interesante y muy recomendable para esas personas que quieren comenzar a escribir. Es una lectura de la que cada lector podrá sacar sus propias conclusiones, consejos y recomendaciones. Un golpe de realidad en los tiempos que corren.
Tal vez no me haya conquistado como a otros lectores pero me ha sacado más de una carcajada.
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