cah_ello's review against another edition

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dark emotional informative reflective sad fast-paced

5.0

bergsteiger's review against another edition

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3.0

This book's strength was not so much in its prose, but like "The Diary of Anne Frank", in providing exposure to an experience that would seem almost contrived without a first hand account. Carolina's journal entries from 1958 and 1959 in a Brazilian shanty town are certainly poignant and give a good sense of poverty in that country. And while I would have preferred a shorter sampling, the repetitiveness of her daily struggle for food for her and her family really drives home the experience. There are certain cultural references that are quite interesting too. If you know little about Brazilian culture and history, this is a good book to pick up to understand how the lower classes lived (and still live) there.

leeknowneverdies's review against another edition

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informative inspiring lighthearted reflective sad tense medium-paced

5.0

rafamar's review against another edition

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dark emotional hopeful informative inspiring reflective sad fast-paced

5.0

rays_bookclub's review against another edition

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challenging dark emotional informative reflective medium-paced

4.0

ritaralha's review against another edition

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2.0

Carolina – Mulher – Negra – Mãe – Favelada – Catadora de Lixo - Escritora

Depois de ter lido [b:O Sol na Cabeça|38896855|O Sol na Cabeça|Geovani Martins|https://images.gr-assets.com/books/1519938447s/38896855.jpg|60444239] de [a:Geovani Martins|17762621|Geovani Martins|https://images.gr-assets.com/authors/1530322731p2/17762621.jpg] tropecei neste Quarto de Despejo. A temática é a mesma, a vida nas favelas.

Carolina Maria de Jesus nasceu na cidade de Sacramento, Minas Gerais, numa comunidade rural, neta de escravos negros e de pais analfabetos.

Aos sete anos recebeu “uma bolsa” de estudos de uma das freguesas da mãe. Fez os dois primeiros anos do ensino e desistiu. Mesmo assim adquiriu o gosto pela leitura e através deste hábito foi desenvolvendo a escrita.

Em 1937 a mãe de Carolina morre e esta resolve partir para a capital do estado, São Paulo.
Entre empregos informais e trabalhos domésticos consegue ver um poema seu, em louvor de Getúlio Vargas, publicado no jornal “A Folha”.

Em 1947 mudou-se para a extinta favela do Canindé, na zona norte de São Paulo, num momento em que começavam a surgir as primeira favelas – hoje é onde se encontra o Estádio do Canindé cuja propriedade é do clube Associação Portuguesa de Desportos - construiu o seu barraco, utilizando madeira, latas, papelão e qualquer material que encontrava. Saía todas as noites para catar papel, a fim de conseguir dinheiro para sustentar a família. Quando encontrava revistas e cadernos antigos, guardava-os para escrever nas suas folhas.

Neste Quarto de Despejo, que não é mais do que um diário, ela esmiúça o quotidiano dos moradores da favela e, sem rodeios, descreve os factos políticos e sociais que via, detalha as suas dores e os absurdos da vida que levava em condições de extrema marginalização. Ela escreve sobre como a pobreza e o desespero podem levar as pessoas de boa índole a trair os seus princípios simplesmente para conseguirem comida para si e para as suas famílias.

Em Abril de 1958 Audálio Dantas, um jornalista do jornal A Folha da Noite, inicia as pesquisas para fazer uma reportagem sobre a favela do Canindé e quando aborda os moradores daquele lugar todos eles lhe dizem que deveria falar com Carolina. No meio daquela miséria ele lê os textos de Carolina e resolve publicá-los assim mesmo, sem alterações, apenas com algumas correcções para um melhor entendimento por parte dos leitores.

Presentes ao longo destas pouco mais de cento e cinquenta páginas estão a indignação, a pobreza, a marginalização, o racismo, os desgostos, a dor, a descriminação e fome, muita fome.
O sucesso deste livro foi grande mas rapidamente a autora voltou à sua condição de catadora de lixo.

A força deste livro não está na prosa mas na autenticidade com que foi escrito. É um livro triste e profundamente humano.

Como documento histórico tem um grande valor, mas como livro não vale grande coisa.

Historiadora Elena Pajaro Peres fala sobre aspectos da vida e obra da escritora

akferreira's review against another edition

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dark emotional funny informative inspiring reflective sad medium-paced

5.0

riopse's review against another edition

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emotional reflective sad fast-paced

4.25


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monizmarina20's review against another edition

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informative reflective sad fast-paced

4.25

hagabrielah's review against another edition

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dark emotional informative sad medium-paced

4.0