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joanaff17's review against another edition
5.0
Este livro é muito bom.
Este livro é mesmo muito bom.
Não creio que possa fazer jus à escrita de Rachel Joyce, aqui a dar voz a essa personagem absolutamente maravilhosa que é Quennie Hennessy.
No passado Verão, li um livro chamado "A Improvável Viagem de Harold Fry", da mesma autora. Foi o segundo livro que consegui ler depois de ter fritado os miolos a estudar para a tese de Doutoramento (sendo que o primeiro teve necessariamente de ser um do Kurt Vonnegut, o único capaz de me desbloquear). A história de Harold Fry não era uma história feliz, mas evidentemente isso não me fez gostar menos da leitura, uma vez que Harold Fry me pareceu uma personagem muito realista, assim como a sua triste vida. E portanto, gostei mesmo muito. Na minha review, escrevi assim:
"Este não é um livro magnífico, nem sequer entra no top dos meus favoritos. No entanto, é daqueles livros que me deixam a sensação de satisfação por tê-lo lido, daqueles que eu classifico como "ainda bem". Esta é a história de Harold Fry, de 65 anos, que, ao receber uma carta de uma amiga de longa data que não via há vinte anos e que está agora a despedir-se da vida, devido a um cancro, decide que enviar uma resposta não pode fazer jus à amizade que ainda lhe tem e parte numa caminhada pela Inglaterra inteira, para a reencontrar. Sendo um homem simples e de pouca instrução, Harold acredita que, ao pedir a Quennie que espere pela sua chegada, a fará viver mais tempo. Sem qualquer tipo de preparação ou material necessário a um empreendimento do género, a única coisa que interessa a Harold é caminhar e manter viva a chama da sua fé neste gesto de amizade."
Tenho de rever alguns pontos aqui. Este livro, que a autora designa de companion book, não é uma sequela ao primeiro, mas evidentemente um livro de companhia ao mesmo. E como tal, tem muitos pormenores e novas perspectivas sobre a história apresentada no primeiro livro, o que o enriquece muitíssimo. Portanto, sim, vendo-os como a um só livro, entra bem para o top dos meus favoritos. Para se conhecer a história e a versão dos acontecimentos contada por Queenie, é preciso conhecer a versão de Harold, por isso, para mim são quase como um só. E vale a pena ler o primeiro só para se poder ler o segundo. Falei de como Harold via neste seu gesto uma redenção para a sua vida contida num gesto de amizade. E foi. Mas para Queenie foi tanto, tanto mais. Queenie é uma personagem extremamente rica. Queenie mal sabia que a carta de despedida que enviava a Harold como despedida era na verdade o começo... E eu estava longe de imaginar a maravilhosa e triste história que ela teria para contar.
Rica é também a linguagem e a imagética proporcionada nesta leitura. Já tenho dito que já não gosto de certos tipos de leitura e acredito que o título deste livro dê a entender de que se trata de algum tipo de lamechice. Se fosse, eu não teria aguentado. Não teria devorado este livro como o fiz, não teria querido tanto chegar ao fim e saber qual era a culpa de Queenie, de que tanto mal procurava ela uma redenção, presa numa cama de hospital.
Mas este livro é uma canção de amor, sem dúvida alguma. Uma verdadeira canção de amor. Mas eu não me importei, porque Queenie é uma mulher real, sofrida, com um coração descomunal e um amor sem limites e por isso bebi as suas palavras como um bálsamo (e aqui tiro o chapéu a Joyce, que sabe escrever sem clichés ou lugares-comuns). Cheguei a ter momentos em que gostava tanto de uma frase, que a relia e relia e relia, saboreando aquelas palavras como se tivessem realmente um sabor.
Esta é uma história sobre estar a morrer. Sobre saber esperar. Sobre culpa e negritude. Sobre solidão. Sobre fugir e começar de novo, fugir e começar de novo. Sobre aceitar o que o dia nos traz. Sobre um jardim junto ao mar. Sobre tristeza sem fim. Mas acima de tudo, é um livro sobre as pequenas coisas, sobre a felicidade entrelinhas e um hino ao amor desinteressado e sem exigência. E, por estes motivos, é um livro sobre a vida. Adorei o final. Tão real, tão puro.
Queenie Hennessy.
Duas palavras quentes e saborosas com uma memória de amor deixada em mim.
Este livro é mesmo muito bom.
Não creio que possa fazer jus à escrita de Rachel Joyce, aqui a dar voz a essa personagem absolutamente maravilhosa que é Quennie Hennessy.
No passado Verão, li um livro chamado "A Improvável Viagem de Harold Fry", da mesma autora. Foi o segundo livro que consegui ler depois de ter fritado os miolos a estudar para a tese de Doutoramento (sendo que o primeiro teve necessariamente de ser um do Kurt Vonnegut, o único capaz de me desbloquear). A história de Harold Fry não era uma história feliz, mas evidentemente isso não me fez gostar menos da leitura, uma vez que Harold Fry me pareceu uma personagem muito realista, assim como a sua triste vida. E portanto, gostei mesmo muito. Na minha review, escrevi assim:
"Este não é um livro magnífico, nem sequer entra no top dos meus favoritos. No entanto, é daqueles livros que me deixam a sensação de satisfação por tê-lo lido, daqueles que eu classifico como "ainda bem". Esta é a história de Harold Fry, de 65 anos, que, ao receber uma carta de uma amiga de longa data que não via há vinte anos e que está agora a despedir-se da vida, devido a um cancro, decide que enviar uma resposta não pode fazer jus à amizade que ainda lhe tem e parte numa caminhada pela Inglaterra inteira, para a reencontrar. Sendo um homem simples e de pouca instrução, Harold acredita que, ao pedir a Quennie que espere pela sua chegada, a fará viver mais tempo. Sem qualquer tipo de preparação ou material necessário a um empreendimento do género, a única coisa que interessa a Harold é caminhar e manter viva a chama da sua fé neste gesto de amizade."
Tenho de rever alguns pontos aqui. Este livro, que a autora designa de companion book, não é uma sequela ao primeiro, mas evidentemente um livro de companhia ao mesmo. E como tal, tem muitos pormenores e novas perspectivas sobre a história apresentada no primeiro livro, o que o enriquece muitíssimo. Portanto, sim, vendo-os como a um só livro, entra bem para o top dos meus favoritos. Para se conhecer a história e a versão dos acontecimentos contada por Queenie, é preciso conhecer a versão de Harold, por isso, para mim são quase como um só. E vale a pena ler o primeiro só para se poder ler o segundo. Falei de como Harold via neste seu gesto uma redenção para a sua vida contida num gesto de amizade. E foi. Mas para Queenie foi tanto, tanto mais. Queenie é uma personagem extremamente rica. Queenie mal sabia que a carta de despedida que enviava a Harold como despedida era na verdade o começo... E eu estava longe de imaginar a maravilhosa e triste história que ela teria para contar.
Rica é também a linguagem e a imagética proporcionada nesta leitura. Já tenho dito que já não gosto de certos tipos de leitura e acredito que o título deste livro dê a entender de que se trata de algum tipo de lamechice. Se fosse, eu não teria aguentado. Não teria devorado este livro como o fiz, não teria querido tanto chegar ao fim e saber qual era a culpa de Queenie, de que tanto mal procurava ela uma redenção, presa numa cama de hospital.
Mas este livro é uma canção de amor, sem dúvida alguma. Uma verdadeira canção de amor. Mas eu não me importei, porque Queenie é uma mulher real, sofrida, com um coração descomunal e um amor sem limites e por isso bebi as suas palavras como um bálsamo (e aqui tiro o chapéu a Joyce, que sabe escrever sem clichés ou lugares-comuns). Cheguei a ter momentos em que gostava tanto de uma frase, que a relia e relia e relia, saboreando aquelas palavras como se tivessem realmente um sabor.
Esta é uma história sobre estar a morrer. Sobre saber esperar. Sobre culpa e negritude. Sobre solidão. Sobre fugir e começar de novo, fugir e começar de novo. Sobre aceitar o que o dia nos traz. Sobre um jardim junto ao mar. Sobre tristeza sem fim. Mas acima de tudo, é um livro sobre as pequenas coisas, sobre a felicidade entrelinhas e um hino ao amor desinteressado e sem exigência. E, por estes motivos, é um livro sobre a vida. Adorei o final. Tão real, tão puro.
Queenie Hennessy.
Duas palavras quentes e saborosas com uma memória de amor deixada em mim.
joannam21's review against another edition
emotional
inspiring
reflective
sad
slow-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.0
loreopoly's review against another edition
4.0
i was floored. i loved this so much while also being mildly disgusted. i mean- what kind of woman is Queenie? so many good things about her but then this obssesive like love for someone she will never be able to show it to? it was uplifting and heartbreaking all at the same time.
ebkara's review against another edition
5.0
Mesmerisingly beautiful an incredible insight into love and grief, of nearing the end of life and of hospice care. Just incredible and an absolutely must read after The Unlikely Pilgrimage of Harold Fry. What a storyteller.
tleewgirl's review against another edition
4.0
This was a lovely story, but I do think that it is best understood in relation to its companion novel, The Unlikely Pilgrimage of Harold Fry. I read Harold Fry a couple of years ago and loved the story; I do think it's the better of the two novels. But this completes it and rounds the story out. If you read Harold Fry and loved it, read The Love Song of Miss Queenie Hennessy. You won't be disappointed. Joyce's gift for character development, description, gentle humor and compassion shine in this novel.
rebeccalc's review against another edition
challenging
emotional
hopeful
inspiring
reflective
sad
medium-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
5.0
kloye13's review against another edition
emotional
inspiring
reflective
medium-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
4.0