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Com o “boom” de Antologias e revistas sobre fantasia, terror e ficção científica, a Vollüpsa aparece no panorama nacional como uma promessa desde à muito prometida, mas que demorou a ser cumprida. A antologia organizada por Roberto Mendes está divida em três partes: Ficção Científica, Terror e Fantasia, contando com catorze contos ao todo. Misturando alguns autores não publicados e autores já consagrados do panorama português, a Vollüpsa é uma antologia que promete bastante, ao começar pela capa extraordinária do artista português Augusto Peixoto.
O design interior é simples e competente, permitindo uma leitura fácil num e-reader. A nível de impressão pode deixar o leitor mais exigente a torcer o nariz. Talvez uma edição para e-book e outra versão impressa seria mais agradável a nível de design. De facto no e-reader a leitura é um sonho, contudo num mercado tão competitivo ao nível da Fantasia, há que piscar o olho ao leitor mais inexperiente e arrastá-lo com uma linha invisível até aos livros nas prateleiras. Use o chicote se preciso... só para dar umas pancadinhas de amor aos possíveis leitores.
Vollüpsa é uma Antologia que vale a pena ser adquirida devido á sua multiplicada de estilos, que poderão agradar a vários públicos. O tempo que demorou a ser preparado leva-nos a questionar se a batalha da vontade de fazer algo, contra a realidade face aos problemas de editora/ distribuição não bloqueiam todos os anos mais projectos que poderiam emergir.
O design interior é simples e competente, permitindo uma leitura fácil num e-reader. A nível de impressão pode deixar o leitor mais exigente a torcer o nariz. Talvez uma edição para e-book e outra versão impressa seria mais agradável a nível de design. De facto no e-reader a leitura é um sonho, contudo num mercado tão competitivo ao nível da Fantasia, há que piscar o olho ao leitor mais inexperiente e arrastá-lo com uma linha invisível até aos livros nas prateleiras. Use o chicote se preciso... só para dar umas pancadinhas de amor aos possíveis leitores.
Vollüpsa é uma Antologia que vale a pena ser adquirida devido á sua multiplicada de estilos, que poderão agradar a vários públicos. O tempo que demorou a ser preparado leva-nos a questionar se a batalha da vontade de fazer algo, contra a realidade face aos problemas de editora/ distribuição não bloqueiam todos os anos mais projectos que poderiam emergir.
Quem estiver interessado na opinião sobre cada conto basta saltar este parágrafo, para já, apenas quero dizer que a variedade presente na antologia, como seria de esperar, tem potencial para apelar a um largo espectro de leitores. Tendo em conta o resultado positivo da experiência geral, estou curioso para ver o que trarão as próximas entregas.
“Eternidade” por João Ventura. Em primeiro lugar, um conto com tanto sobre o passado e futuro dos livros parece-me a escolha ideal para começar Vollüspa. História bem construída, com atenção aos pormenores e o protagonista transmite uma mistura de azedume e resignação com o destino que lhe calhou na rifa. Gostei particularmente do timbre final. 3,5 Estrelas.
“Natal®” por Carlos Silva. Boa descrição da tecnologia em questão e dos efeitos sociais que ela provocou, sendo estes últimos bastante credíveis. Pessoalmente preferia que a aparente crítica social se mantivesse no subtexto, mas isso talvez tivesse desvirtuado o objectivo do autor. 3 Estrelas.
“O Artefacto Voador de Tristan Sapincourt” por Afonso Cruz. Não transmitindo, nem o pretendendo, qualquer empatia com a personagem, é uma elegante e vivida viagem através de mitologia e ciência, na qual a imaginação procura mostrar a sua relevância face à realidade mensurável. 3,3 Estrelas.
“A Queda de Roma, antes da Telenovela” por Luís Filipe Silva, embora o conceito de um sistema político misto democracia/reality Tv já tenha sido utilizado noutras narrativas, a “democracia de informação” apresentada pelo autor e as questões inerentes foram bem expostas pelo autor, com o auxílio do final apoteótico/degradante do último verdadeiro político. 3,4 Estrelas.
“Génesis – Apocalipse” por Roberto Mendes. Efeito “full circle”, a questão energética e a referência Andrew Martin foram interessantes, contudo, pessoalmente, não achei muito apelativa a narrativa através das divagações de uma entidade superior, embora, verdade seja dita, admito que seria difícil expor a história de outra maneira em tão poucas palavras. 2,8 Estrelas.
“A Vida é um Sonho” por José Manuel Morais. Tirando a descrição dos sonhos e a premissa da sua transferência, não achei o conto nada de especial. Talvez o relevante seja a viagem e não a meta, mas a primeira tem de ser interessante o suficiente para ignorar a ausência da segunda. 2,3 Estrelas.
“O Mal do Nosso Rio” por José Pedro Lopes. O início deixou-me um pouco “de pé atrás”, mas quando passou para o mito da Almudena propriamente dito melhorou. Tirando alguns clichés provou ser uma boa história de terror, com tudo aquilo que se espera do género. Gostei particularmente da descrição do covil. 4 Estrelas.
“A Máquina” por Álvaro de Sousa Holstein. A premissa é interessante, mas penso que beneficiaria de uma exposição alargada, onde pudessem ser exploradas as capacidades sobrenaturais da Royal. Pelo menos eu gostaria de ler mais sobre ela. 3 Estrelas.
“O Acorde das Almas” por Carina Portugal. Mixed feeling about this one. Por um lado adoro histórias sobre pactos sobrenaturais, por outro não engraço com temas românticos. Não obstante, a premissa é interessante e o timbre Vitoriano encaixou bem na narrativa. 3 Estrelas.
“A Queda” por Carla Ribeiro. Utilizar sonhos numa narrativa é um risco, pois nem sempre encaixam eficazmente no resto da acção. Felizmente, a autora revelou-se à altura do desafio nesta história sobre perdição mental e espiritual. 3,5 Estrelas.
“O Último” por Joel Puga. Um vampiro que, por inútil que seja, luta com todas as forças para se manter longe do julgamento final e perpetuar um estilo de vida que lhe dá prazer, é o género de história que me agrada. Sei que o conto termina exactamente onde deve, mas uma parte de mim gostaria de vê-lo continuar. 4 Estrelas.
“A Sala” por Marcelina Gama Leandro. Acho que qualquer criança (e vários adultos, sejamos honestos) gostaria de ter uma sala destas. É particularmente interessante ver como este conto infantil se relaciona com o que a autora escreveu para o nº0 da fanzine Fénix. 3,5 Estrelas
“Enquanto Dormias” por Nuno Gonçalo Psicótico, negro, visceral e até, pelo menos em certas partes, triste. 3,7 Estrelas.
“Uma Questão de Lugar” por Pedro Ventura. Personagens bem definidas, acção fluída e o romance presente não foi forçado. Muita gente tem referido ligações a “Twilight Zone”, pessoalmente, apesar de não ter dificuldade em imaginar o conto convertido num episódio da série, acho que merece suster-se sozinho. 4 Estrelas.
“Vermelho” por Regina Catarino. A reciclagem de um fragmento de “Êxodo”. Bem narrada, mas sem grande conteúdo. 2 Estrelas.
“Eternidade” por João Ventura. Em primeiro lugar, um conto com tanto sobre o passado e futuro dos livros parece-me a escolha ideal para começar Vollüspa. História bem construída, com atenção aos pormenores e o protagonista transmite uma mistura de azedume e resignação com o destino que lhe calhou na rifa. Gostei particularmente do timbre final. 3,5 Estrelas.
“Natal®” por Carlos Silva. Boa descrição da tecnologia em questão e dos efeitos sociais que ela provocou, sendo estes últimos bastante credíveis. Pessoalmente preferia que a aparente crítica social se mantivesse no subtexto, mas isso talvez tivesse desvirtuado o objectivo do autor. 3 Estrelas.
“O Artefacto Voador de Tristan Sapincourt” por Afonso Cruz. Não transmitindo, nem o pretendendo, qualquer empatia com a personagem, é uma elegante e vivida viagem através de mitologia e ciência, na qual a imaginação procura mostrar a sua relevância face à realidade mensurável. 3,3 Estrelas.
“A Queda de Roma, antes da Telenovela” por Luís Filipe Silva, embora o conceito de um sistema político misto democracia/reality Tv já tenha sido utilizado noutras narrativas, a “democracia de informação” apresentada pelo autor e as questões inerentes foram bem expostas pelo autor, com o auxílio do final apoteótico/degradante do último verdadeiro político. 3,4 Estrelas.
“Génesis – Apocalipse” por Roberto Mendes. Efeito “full circle”, a questão energética e a referência Andrew Martin foram interessantes, contudo, pessoalmente, não achei muito apelativa a narrativa através das divagações de uma entidade superior, embora, verdade seja dita, admito que seria difícil expor a história de outra maneira em tão poucas palavras. 2,8 Estrelas.
“A Vida é um Sonho” por José Manuel Morais. Tirando a descrição dos sonhos e a premissa da sua transferência, não achei o conto nada de especial. Talvez o relevante seja a viagem e não a meta, mas a primeira tem de ser interessante o suficiente para ignorar a ausência da segunda. 2,3 Estrelas.
“O Mal do Nosso Rio” por José Pedro Lopes. O início deixou-me um pouco “de pé atrás”, mas quando passou para o mito da Almudena propriamente dito melhorou. Tirando alguns clichés provou ser uma boa história de terror, com tudo aquilo que se espera do género. Gostei particularmente da descrição do covil. 4 Estrelas.
“A Máquina” por Álvaro de Sousa Holstein. A premissa é interessante, mas penso que beneficiaria de uma exposição alargada, onde pudessem ser exploradas as capacidades sobrenaturais da Royal. Pelo menos eu gostaria de ler mais sobre ela. 3 Estrelas.
“O Acorde das Almas” por Carina Portugal. Mixed feeling about this one. Por um lado adoro histórias sobre pactos sobrenaturais, por outro não engraço com temas românticos. Não obstante, a premissa é interessante e o timbre Vitoriano encaixou bem na narrativa. 3 Estrelas.
“A Queda” por Carla Ribeiro. Utilizar sonhos numa narrativa é um risco, pois nem sempre encaixam eficazmente no resto da acção. Felizmente, a autora revelou-se à altura do desafio nesta história sobre perdição mental e espiritual. 3,5 Estrelas.
“O Último” por Joel Puga. Um vampiro que, por inútil que seja, luta com todas as forças para se manter longe do julgamento final e perpetuar um estilo de vida que lhe dá prazer, é o género de história que me agrada. Sei que o conto termina exactamente onde deve, mas uma parte de mim gostaria de vê-lo continuar. 4 Estrelas.
“A Sala” por Marcelina Gama Leandro. Acho que qualquer criança (e vários adultos, sejamos honestos) gostaria de ter uma sala destas. É particularmente interessante ver como este conto infantil se relaciona com o que a autora escreveu para o nº0 da fanzine Fénix. 3,5 Estrelas
“Enquanto Dormias” por Nuno Gonçalo Psicótico, negro, visceral e até, pelo menos em certas partes, triste. 3,7 Estrelas.
“Uma Questão de Lugar” por Pedro Ventura. Personagens bem definidas, acção fluída e o romance presente não foi forçado. Muita gente tem referido ligações a “Twilight Zone”, pessoalmente, apesar de não ter dificuldade em imaginar o conto convertido num episódio da série, acho que merece suster-se sozinho. 4 Estrelas.
“Vermelho” por Regina Catarino. A reciclagem de um fragmento de “Êxodo”. Bem narrada, mas sem grande conteúdo. 2 Estrelas.