Reviews

O Último Voo do Flamingo by Mia Couto

stephmostav's review against another edition

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4.0

É impressionante o quanto esse livro é rico. Rico em cultura, em tradições, em ditos populares e costumes de um país que conheço tão pouco. E tudo isso transmitido por uma escrita que já me deixou fascinada logo nas primeiras páginas, de tão lírica, orgânica e linda. A prosa poética me conquistou mais que o próprio enredo, mas ele também é impressionante ao tratar de temas como a ganância dos poderosos, a vida no pós-guerra, a relação conflituosa entre gerações. Nas palavras do próprio Mia Couto, "O último voo do flamingo fala de uma perversa fabricação de ausência ? a falta de uma terra toda inteira, um imenso rapto de esperança praticado pela ganância dos poderosos. O avanço desses comedores de nações obriga-nos a nós, escritores, a um crescente empenho moral. Contra a indecência dos que enriquecem à custa de tudo e de todos, contra os que têm as mãos manchadas de sangue, contra a mentira, o crime e o medo, contra tudo isso se deve erguer a palavra dos escritores".

ahsimlibrarian's review against another edition

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2.0

BookList: The shocking first sentence is enough to tell you that this will be one strange mystery: “To put it crudely and rudely, here’s what happened: a severed penis was found right there on the trunk road just outside Tizangara.” UN soldiers in Mozambique have been inexplicably and incredulously exploding, leaving nothing behind but their blue peacekeeper helmets and their “fleshy hyphens.” Italian UN official Massimo Risi arrives to investigate this phenomenon, along with his local translator and guide. A bumbling administrator, his haughty wife, and the town’s prostitute add flavor to what is essentially the story of a country learning to work the capitalist system (“our destitution is turning a good profit”) while trying to keep foreign influence at bay. The surreal haze of folkloric superstitions and raw sensuality akin to Nuruddin Farah’s Secrets permeate the tales that the Tizangara translator and narrator collects. Couto creates a striking portrait of postcolonial Africa; unfortunately, his larger messages tend to get sullied with the inherent shock value of his crude plot device. -- MishaStone (BookList, 06-01-2005, p1760)

bookamosobookclub's review against another edition

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3.0

I enjoyed the poetic manner of writing. Envious that the author gripped me the reader with that beautiful way of writing. Sometimes I had to read a paragraph or page twice to reflect and understand what was going on. Want to re-read it one day soon.

stephmostav's review against another edition

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4.0

É impressionante o quanto esse livro é rico. Rico em cultura, em tradições, em ditos populares e costumes de um país que conheço tão pouco. E tudo isso transmitido por uma escrita que já me deixou fascinada logo nas primeiras páginas, de tão lírica, orgânica e linda. A prosa poética me conquistou mais que o próprio enredo, mas ele também é impressionante ao tratar de temas como a ganância dos poderosos, a vida no pós-guerra, a relação conflituosa entre gerações. Nas palavras do próprio Mia Couto, "O último voo do flamingo fala de uma perversa fabricação de ausência ? a falta de uma terra toda inteira, um imenso rapto de esperança praticado pela ganância dos poderosos. O avanço desses comedores de nações obriga-nos a nós, escritores, a um crescente empenho moral. Contra a indecência dos que enriquecem à custa de tudo e de todos, contra os que têm as mãos manchadas de sangue, contra a mentira, o crime e o medo, contra tudo isso se deve erguer a palavra dos escritores".