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sophienorns's review against another edition
challenging
dark
funny
reflective
medium-paced
- Plot- or character-driven? Plot
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? N/A
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.0
Este livro deu-me muito sono. Nunca consegui eu ser tão facilmente transportada para um sono profundo como quando lia este livro - não sei se isto é um ponto positivo ou negativo, honestamente.
Como é próprio do estilo saramaguiano, há uma constante sátira e crítica mordaz à sociedade da época (e contemporânea também), nomeadamente à hipocrisia da coroa, do clero e do povo, que sendo o elemento desta santíssima trindade que menos posses tem, demonstra exatamente as mesmas falhas de caráter que os outros dois terços deste trio. Este elemento é algo que eu aprecio nos livros de Saramago e sempre me cativa, daí reler este livro 7 anos depois (que pontaria divina esta minha).
No entanto, rapidamente me apercebi que este livro não é para mim, daí dar 3 estrelas à obra. Eu consigo perceber porque é tão aclamada obra, consigo retirar os elementos textuais que claramente refletem a genialidade do autor, mas não foi uma leitura da qual tenha desfrutado.
A história Baltasar/Blimunda/Padre/Passarola não me interessou nada. Há uma componente espiritual com a qual me identifico e que melhorou a minha percepção desta história, onde destaquei algumas passagens que me diziam alguma coisa (algo que não tinha acontecido na primeira vez que li). Contudo, a minha vontade de acompanhar estas personagens veio ao de cima só quando o Baltasar desapareceu e mesmo assim era porque já estava nas últimas páginas do livro e sabia que estava quase a terminá-lo. Tive a mesma dificuldade de me ligar ao "amor belo e trágico" deles como há 7 anos atrás, mas para quem gosta das personagens e acha interessante seguir as suas vidas, é uma parte que de certeza capta muitas pessoas.
Falando do sono que me perseguia a leitura, debati-me com as longas descrições e enumerações de elementos descrevendo o quão bizarra ou irónica alguma situação ou personagem era. Eu consigo reconhecer o seu propósito, consigo antever que seja exatamente isso que cativa muitos leitores nesta obra, mas o facto é que depois de páginas e páginas e páginas e páginas de descrições e enumerações de coisas que honestamente não me interessam para nada, especialmente depois de perceber a ideia do autor nos primeiros três exemplos, a minha atenção caiu a pique, o meu sono chegou à frente, e eu dei por mim a saltar ditos parágrafos à frente.
Em suma, sinto-me muito neutra, não adorei nem odiei; gostei de certos elementos, mas não o suficiente para delirar com eles; não me identifiquei com outros, mas também não o suficiente para parar de ler e nunca mais pegar no livro. Classificação: 3 estrelas.
Como é próprio do estilo saramaguiano, há uma constante sátira e crítica mordaz à sociedade da época (e contemporânea também), nomeadamente à hipocrisia da coroa, do clero e do povo, que sendo o elemento desta santíssima trindade que menos posses tem, demonstra exatamente as mesmas falhas de caráter que os outros dois terços deste trio. Este elemento é algo que eu aprecio nos livros de Saramago e sempre me cativa, daí reler este livro 7 anos depois (que pontaria divina esta minha).
No entanto, rapidamente me apercebi que este livro não é para mim, daí dar 3 estrelas à obra. Eu consigo perceber porque é tão aclamada obra, consigo retirar os elementos textuais que claramente refletem a genialidade do autor, mas não foi uma leitura da qual tenha desfrutado.
A história Baltasar/Blimunda/Padre/Passarola não me interessou nada. Há uma componente espiritual com a qual me identifico e que melhorou a minha percepção desta história, onde destaquei algumas passagens que me diziam alguma coisa (algo que não tinha acontecido na primeira vez que li). Contudo, a minha vontade de acompanhar estas personagens veio ao de cima só quando o Baltasar desapareceu e mesmo assim era porque já estava nas últimas páginas do livro e sabia que estava quase a terminá-lo. Tive a mesma dificuldade de me ligar ao "amor belo e trágico" deles como há 7 anos atrás, mas para quem gosta das personagens e acha interessante seguir as suas vidas, é uma parte que de certeza capta muitas pessoas.
Falando do sono que me perseguia a leitura, debati-me com as longas descrições e enumerações de elementos descrevendo o quão bizarra ou irónica alguma situação ou personagem era. Eu consigo reconhecer o seu propósito, consigo antever que seja exatamente isso que cativa muitos leitores nesta obra, mas o facto é que depois de páginas e páginas e páginas e páginas de descrições e enumerações de coisas que honestamente não me interessam para nada, especialmente depois de perceber a ideia do autor nos primeiros três exemplos, a minha atenção caiu a pique, o meu sono chegou à frente, e eu dei por mim a saltar ditos parágrafos à frente.
Em suma, sinto-me muito neutra, não adorei nem odiei; gostei de certos elementos, mas não o suficiente para delirar com eles; não me identifiquei com outros, mas também não o suficiente para parar de ler e nunca mais pegar no livro. Classificação: 3 estrelas.
Graphic: Rape and Violence