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A review by kiriamarin
Salka Valka by Halldór Laxness
Este livro me deixou um pouco furioso de raiva, a premissa era para ser sobre uma garota, de mente independente crescendo em uma vila fria e pobre, esquecida na Islândia, lutando contra os obstáculos que qualquer mulher, em todo lugar sofre naturalmente,morais, sexuais,religiosas e políticas ,impostas por homens. Porém acabou sendo uma boba história de amor,clichê ,que tem como simbolo a luta entre capitalistas e comunistas (como outras obras do Laxness) , onde Salka foi uma ingênua Mary Sue , abandonada a pobreza, a abuso sexual, sem amor da mãe e acaba crescendo sem amor próprio também, que sacrifica a si mesmo em nome do amor,de um ideal ingênuo surgido na infancia, que sucumbe as manipulações de um homem egoísta. Halldor Laxness escreve muito bem , mas esta "mulher forte" não me convenceu nem um pouco. Eu sei que a vida é cruel e cínica, hipócrita, mas seu outro livro "Pessoas Independentes" e Bjartur foram foi escrito de forma mais madura e poderosa sobre a realidade cruel da pobreza e sobrevivência , na descrição das dificuldades da vida e psicológicas,da luta de classes do que este livro , sem final felizes e realista, ainda assim foi uma leitura espetacular. Mas aqui é só mais uma personagem feminina nos moldes poéticos e na literatura romântica: abnegada, que ama sem esperar nada em troca, moldada nos princípios cristãos, que tudo sofre e perdoa...
A mulher aqui é mais uma vez reduzida a um papel unidimensional, que não me causou nenhuma empatia e afinal pouco me importa o que acontece com sua vida depois da última página.
Por ter sido escrito por Halldor Laxness na juventude talvez reflita essa ingenuidade e simplicidade clichê sobre o que é ser uma mulher independente da época.
Porem Halldor Laxness ainda é um dos meus escritores favoritos e seus livros sempre causam uma reação, de amor ou ódio rs...
A mulher aqui é mais uma vez reduzida a um papel unidimensional, que não me causou nenhuma empatia e afinal pouco me importa o que acontece com sua vida depois da última página.
Por ter sido escrito por Halldor Laxness na juventude talvez reflita essa ingenuidade e simplicidade clichê sobre o que é ser uma mulher independente da época.
Porem Halldor Laxness ainda é um dos meus escritores favoritos e seus livros sempre causam uma reação, de amor ou ódio rs...