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A review by j_elphaba
O Véu da Meia-noite by Lara Adrian
4.0
O Véu da Meia-Noite é o quinto volume de uma série repleta de acção e sensualidade que, desde as primeiras páginas, do primeiro livro, trás consigo um pôr-do-sol perigoso onde cada sombra esconde a morte, onde cada sombra espalha perigos que tendem a converter-se na mais arriscada de todas as emoções que muitos juraram não voltar a sentir. Falo-vos do temido jogo da paixão ligada pelo sangue e carregada de volúpia capaz de abalar invencíveis guerreiros.
Tendo como protagonista Nikolai, um guerreiro centenário já conhecido dos leitores e particularmente apelativo pelas suas características singulares, esta é uma narrativa atractiva não só pelos dramas e devaneios do casal principal, como também por todas as questões abordadas na corrompida cidade de Montreal ligadas ao grande inimigo que a Raça tem vindo a enfrentar.
Em relação a personagens, Niko sofre uma grande transformação ao longo da leitura mostrando, para lá da sua capa dura, um lado enternecedor e compreensivo que, ainda assim, nunca deixa de ter presente a sua obrigação para com o Refúgio e com todos aqueles que ao longo dos tempos conquistaram o seu afecto. Pela primeira vez, este maravilhoso espécime estará dividido entre o dever e as angústias de uma guerreira que lhe salvou a vida deixando patentes as suas fragilidades e beleza escondidas que, lentamente, vão libertar o seu verdadeiro espirito e o seu coração.
Renata, por sua vez, é uma mulher misteriosa, controversa, que roubará o norte a Nikolai no momento em que ela própria perderá aquilo que lhe é mais querido, e ela tem muito a perder, Mira. Cativante pelas suas contrariedades suaves e marcada por uma vida difícil, ela usa uma armadura emocional que conquistou na ruas e na submissão a que está obrigada para se manter vida, quanto ao seu poder é imenso e tem tanto maravilhoso quanto de fatal. Ela é um interveniente crucial para mostrar aos leitores um novo lado dos vampiros de primeira geração que, até agora, era desconhecido e que vem revelar uma vertente muito interessante para a narrativa.
No geral, este livro se encontra ao mesmo elevado nível que os anteriores e, embora o romance continue a ser um dos temas principais, através da mestria da autora para criar sedução, é extremamente estimulante verificar a forma como, em paralelo, se desenvolvem os problemas centrais dos inimigos da Raça que, a cada novo volume, se desvendam um pouco mais. Também as personagens secundárias, novas ou já conhecidas, vão ganhando destaque e evidenciando potenciais dilemas que ainda não atingem directamente os guerreiros do Complexo que, neste livro em particular, se encontram bastante ausentes. Foi também bastante inteligente utilizar esta história para mostrar, de forma mais abrangente, o que se passa na nata da sociedade que, tal como todos os outros vampiros, necessitam de sangue para sobreviver.
Resumindo, novos e apelativos poderes, aliados a excelentes personagens dentro e fora do núcleo central, vêem refrescar e conferir novo ênfase a esta Raça que que ganha novo ímpeto tornando-se cada vez mais sombria e atractiva a cada livro que passa, apostando forte na conquista dos fãs de romances sensuais no universos fantástico.
Opinião completa: http://historiasdeelphaba.blogspot.pt/2012/08/o-veu-da-meia-noite-lara-adrian-opiniao.html
Tendo como protagonista Nikolai, um guerreiro centenário já conhecido dos leitores e particularmente apelativo pelas suas características singulares, esta é uma narrativa atractiva não só pelos dramas e devaneios do casal principal, como também por todas as questões abordadas na corrompida cidade de Montreal ligadas ao grande inimigo que a Raça tem vindo a enfrentar.
Em relação a personagens, Niko sofre uma grande transformação ao longo da leitura mostrando, para lá da sua capa dura, um lado enternecedor e compreensivo que, ainda assim, nunca deixa de ter presente a sua obrigação para com o Refúgio e com todos aqueles que ao longo dos tempos conquistaram o seu afecto. Pela primeira vez, este maravilhoso espécime estará dividido entre o dever e as angústias de uma guerreira que lhe salvou a vida deixando patentes as suas fragilidades e beleza escondidas que, lentamente, vão libertar o seu verdadeiro espirito e o seu coração.
Renata, por sua vez, é uma mulher misteriosa, controversa, que roubará o norte a Nikolai no momento em que ela própria perderá aquilo que lhe é mais querido, e ela tem muito a perder, Mira. Cativante pelas suas contrariedades suaves e marcada por uma vida difícil, ela usa uma armadura emocional que conquistou na ruas e na submissão a que está obrigada para se manter vida, quanto ao seu poder é imenso e tem tanto maravilhoso quanto de fatal. Ela é um interveniente crucial para mostrar aos leitores um novo lado dos vampiros de primeira geração que, até agora, era desconhecido e que vem revelar uma vertente muito interessante para a narrativa.
No geral, este livro se encontra ao mesmo elevado nível que os anteriores e, embora o romance continue a ser um dos temas principais, através da mestria da autora para criar sedução, é extremamente estimulante verificar a forma como, em paralelo, se desenvolvem os problemas centrais dos inimigos da Raça que, a cada novo volume, se desvendam um pouco mais. Também as personagens secundárias, novas ou já conhecidas, vão ganhando destaque e evidenciando potenciais dilemas que ainda não atingem directamente os guerreiros do Complexo que, neste livro em particular, se encontram bastante ausentes. Foi também bastante inteligente utilizar esta história para mostrar, de forma mais abrangente, o que se passa na nata da sociedade que, tal como todos os outros vampiros, necessitam de sangue para sobreviver.
Resumindo, novos e apelativos poderes, aliados a excelentes personagens dentro e fora do núcleo central, vêem refrescar e conferir novo ênfase a esta Raça que que ganha novo ímpeto tornando-se cada vez mais sombria e atractiva a cada livro que passa, apostando forte na conquista dos fãs de romances sensuais no universos fantástico.
Opinião completa: http://historiasdeelphaba.blogspot.pt/2012/08/o-veu-da-meia-noite-lara-adrian-opiniao.html