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A review by juliafonseca
Poeta chileno by Alejandro Zambra
5.0
Foram muitos os livros de 2023 que exploraram temas como literatura, escrita e o poder das palavras. Esse foi um deles. Um bem especial e sensível, que também fala sobre parentalidade e como as nossas relações influenciam a nossa formação. Assim como retiramos dos livros aquilo que já estava dentro de nós, nossas relações constroem nossa maneira de pensar e agir, com erros e acertos sendo repetidos ao longo do tempo. Carregamos com a gente aquilo que nos foi dado.
Para mim, que associo muito a comida a memórias e sentimentos, também foi uma delícia acompanhar os sabores típicos do Chile que o autor costurou lindamente no meio da narrativa.
“É melhor escrever que não escrever. A poesia é subversiva porque te expoe, te rasga em pedaços. Você se atreve a desconfiar de si mesmo. Você se atreve a desobedecer. Essa é a ideia, desobedecer todo mundo. Desobedecer a você mesmo, isso é o mais importante. É crucial.
Eu não sei se gosto dos meus poemas, mas sei que se não os tivesse escrito seria mais idiota, mais tolo, mais individualista. Eu os publico porque estão vivos. Não sei se são bons, mas merecem viver.”
“O tempo nos escuta lá. O tempo nos engorda, desenha rugas, cabelos brancos e muletas em nós. Não podemos pará-lo, retrocede-lo, adianta-lo. E, no entanto, repetir de ano é de algum modo como parar no tempo: congela-lo, enganar momentaneamente o futuro, a morte.”
“Relê suas primeiras anotações e às vezes discorda de si mesma e adora isso, sempre gostou de mudar de opinião, talvez o que mais goste em seu trabalho seja o momento em que descobre que mudou de opinião”
Para mim, que associo muito a comida a memórias e sentimentos, também foi uma delícia acompanhar os sabores típicos do Chile que o autor costurou lindamente no meio da narrativa.
“É melhor escrever que não escrever. A poesia é subversiva porque te expoe, te rasga em pedaços. Você se atreve a desconfiar de si mesmo. Você se atreve a desobedecer. Essa é a ideia, desobedecer todo mundo. Desobedecer a você mesmo, isso é o mais importante. É crucial.
Eu não sei se gosto dos meus poemas, mas sei que se não os tivesse escrito seria mais idiota, mais tolo, mais individualista. Eu os publico porque estão vivos. Não sei se são bons, mas merecem viver.”
“O tempo nos escuta lá. O tempo nos engorda, desenha rugas, cabelos brancos e muletas em nós. Não podemos pará-lo, retrocede-lo, adianta-lo. E, no entanto, repetir de ano é de algum modo como parar no tempo: congela-lo, enganar momentaneamente o futuro, a morte.”
“Relê suas primeiras anotações e às vezes discorda de si mesma e adora isso, sempre gostou de mudar de opinião, talvez o que mais goste em seu trabalho seja o momento em que descobre que mudou de opinião”