A review by jujuwithbooks
O pensamento hétero e outros ensaios by Monique Wittig
3.0
Lésbicas não são mulheres!?
Essa é a tese defendida pela Monique em alguns dos ensaios contidos neste livro. À época essa era uma afirmação um tanto polêmica, será que hoje ainda é?
É fácil compreender o ponto de vista de Wittig acerca da situação das lésbicas na sociedade, estamos à margem. E por isso muitas de nós são afetadas com a solidão, de não se encaixar em conversas ou estados de ser. Não é fácil viver em um mundo controlado por homens quando esses não são o ponto central das nossas decisões.
Acredito que a autora deu um pontapé muito grande quando escreveu esses ensaios e colocou as problemáticas de gênero que as mulheres enfrentam desde antes que sequer pudéssemos nomeá-las.
Entretanto é uma dura crítica que faço e que me incomodou durante toda a leitura, a comparação da situação histórica vivida por mulheres, lésbicas e pessoas LGBTs (em geral) ao sistema escravocrata que durante séculos usou, matou e torturou pessoas pretas. Essa comparação é muito mas muito rasa e não pode ser reproduzida mesmo que na tentativa de explicar um desajuste social vivido por estes outros grupos.
No mais, como disse no início, Monique deu um bom começo para que esses pensamentos de gênero, sexualidade e até mesmo acerca do poder da linguagem fossem estudados e ampliados nos dias de hoje.
Essa é a tese defendida pela Monique em alguns dos ensaios contidos neste livro. À época essa era uma afirmação um tanto polêmica, será que hoje ainda é?
É fácil compreender o ponto de vista de Wittig acerca da situação das lésbicas na sociedade, estamos à margem. E por isso muitas de nós são afetadas com a solidão, de não se encaixar em conversas ou estados de ser. Não é fácil viver em um mundo controlado por homens quando esses não são o ponto central das nossas decisões.
Acredito que a autora deu um pontapé muito grande quando escreveu esses ensaios e colocou as problemáticas de gênero que as mulheres enfrentam desde antes que sequer pudéssemos nomeá-las.
Entretanto é uma dura crítica que faço e que me incomodou durante toda a leitura, a comparação da situação histórica vivida por mulheres, lésbicas e pessoas LGBTs (em geral) ao sistema escravocrata que durante séculos usou, matou e torturou pessoas pretas. Essa comparação é muito mas muito rasa e não pode ser reproduzida mesmo que na tentativa de explicar um desajuste social vivido por estes outros grupos.
No mais, como disse no início, Monique deu um bom começo para que esses pensamentos de gênero, sexualidade e até mesmo acerca do poder da linguagem fossem estudados e ampliados nos dias de hoje.