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A review by catarinalobo
The Autobiography of Alice B. Toklas by Gertrude Stein
3.0
Não é uma leitura rápida, mas é bem interessante ver como um casal lésbico viveu tudo isso há tantos anos atrás - até mesmo com clássicas distinções de papéis femmes x butches. Não tem como não se sentir em “meia noite em paris” vendo que o dia-a-dia da gertrude envolvia ter roles com picasso, matisse, hemingway, juan gris, man ray, etc e pensar como foi um período intelectualmente fértil pra esse inner circle. Foi especialmente divertido ver as fofocas sobre essas pessoas, ainda mais depois de saber que foi meio proposital porque era o livro comercial da gertrude.
Em termos de estrutura, muito interessante ver como ela usa a autobiografia da própria companheira pra fazer uma biografia de si mesma, nesse paradoxo primeira x terceira pessoa em todos os aspectos. Deixo registrado ainda que o possível título “vidas de gênios com quem me sentei pra conversar” é perfeito pra esse livro, e me lembra um momento engraçado em que “alice” fala que se sentava com as esposas dos gênios (e a gertrude com os gênios).
Em termos de estrutura, muito interessante ver como ela usa a autobiografia da própria companheira pra fazer uma biografia de si mesma, nesse paradoxo primeira x terceira pessoa em todos os aspectos. Deixo registrado ainda que o possível título “vidas de gênios com quem me sentei pra conversar” é perfeito pra esse livro, e me lembra um momento engraçado em que “alice” fala que se sentava com as esposas dos gênios (e a gertrude com os gênios).