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A review by leonorbagulho
Outra Vida para Viver by José Luís Costa, Theodor Kallifatides, Theodor Kallifatides
4.0
Theodor Kallifatides é um escritor grego que emigrou para a Suécia em 1964 com 25 anos.
Trabalhou em várias áreas desde ensinar filosofia até ser director de uma revista literária. A partir de 1976 passou a viver da escrita. Publicou mais de 40 livros.
Em 1977, Kallifatides tem o bloqueio do escritor quando de forma contrariada se reforma e decide vender o "covil do lobo" na cidade de Estocolmo onde costumava escrever e trabalhar diariamente.
"Meditava no grande "se" da minha vida. A emigração. Que vida me teria cabido em sorte se não tivesse deixado a Grécia? Quem seria hoje?"
"É muito mais difícil conseguirmos integrar-nos, sem sermos convidados, num grupo de pessoas alegres do que num grupo tristonho. Não é de estranhar. A tristeza procura companhia, ao passo que a alegria se basta a si própria."
"Depois de setenta e cinco anos, já quase ninguém escreve" disse-lhe um amigo. Kallifatides reflete sobre a aceitação da velhice, do envelhecimento, sobre a morte de amigos e a doença. Para ele escrever alimenta a sua juventude.
"Teria chegado a hora do regresso? Será que à minha frente já não tinha futuro, mas apenas passado?"
Um dia Kallifatides decide ir à Grécia onde ia ser homenageado numa escola e chega à conclusão que nunca escreveu um livro na sua língua materna.
"Passam os anos e a minha sombra não para de crescer."
A viagem de Kallifatides à Grécia foi um encontro com a sua identidade, com a esperança, com o renascer ao revisitar memórias...uma viagem também espiritual. E, assim, aos 84 anos publicou este livro "Outra vida para viver" na sua língua materna.
"A minha primeira língua é um coração que bate, a segunda um pensamento."
Trabalhou em várias áreas desde ensinar filosofia até ser director de uma revista literária. A partir de 1976 passou a viver da escrita. Publicou mais de 40 livros.
Em 1977, Kallifatides tem o bloqueio do escritor quando de forma contrariada se reforma e decide vender o "covil do lobo" na cidade de Estocolmo onde costumava escrever e trabalhar diariamente.
"Meditava no grande "se" da minha vida. A emigração. Que vida me teria cabido em sorte se não tivesse deixado a Grécia? Quem seria hoje?"
"É muito mais difícil conseguirmos integrar-nos, sem sermos convidados, num grupo de pessoas alegres do que num grupo tristonho. Não é de estranhar. A tristeza procura companhia, ao passo que a alegria se basta a si própria."
"Depois de setenta e cinco anos, já quase ninguém escreve" disse-lhe um amigo. Kallifatides reflete sobre a aceitação da velhice, do envelhecimento, sobre a morte de amigos e a doença. Para ele escrever alimenta a sua juventude.
"Teria chegado a hora do regresso? Será que à minha frente já não tinha futuro, mas apenas passado?"
Um dia Kallifatides decide ir à Grécia onde ia ser homenageado numa escola e chega à conclusão que nunca escreveu um livro na sua língua materna.
"Passam os anos e a minha sombra não para de crescer."
A viagem de Kallifatides à Grécia foi um encontro com a sua identidade, com a esperança, com o renascer ao revisitar memórias...uma viagem também espiritual. E, assim, aos 84 anos publicou este livro "Outra vida para viver" na sua língua materna.
"A minha primeira língua é um coração que bate, a segunda um pensamento."