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A review by joanaff17
Mom & Me & Mom by Maya Angelou
5.0
Este é o melhor livro que li em 2017, e já estava a contar com isso. Maya Angelou foi uma pessoa daquelas que enche uma sala inteira quando entra. Tendo passado por uma vida marcada por momentos trágicos e dolorosos, Angelou nunca baixou os braços e lutou por se fazer ouvir, ao lado de pessoas como Martin Luther King ou Malcolm X. Foi actriz, foi escritora, foi poeta, foi filha e foi mãe, e para todos estes papéis, foi crucial ter uma determinação, uma força e uma garra cuja origem a autora atribui à sua mãe.
A relação entre ambas não começou bem. Maya Angelou foi enviada para viver com a avó paterna e o irmão mais velho quando era ainda muito nova, e passou grande parte dos seus primeiros anos sem aquele contacto materno que tanta falta faz a uma criança em desenvolvimento. Algures neste percurso, quando tinha apenas sete anos, foi violada pelo namorado da mãe durante uma visita que lhe fez, e durante cinco anos não falou com ninguém.
Algum tempo mais tarde, a mãe pediu os filhos de volta e a avó obedeceu, muito a contragosto das crianças, que viam a mãe como uma perfeita estranha. Pior, uma estranha que tinha escolhido sê-lo e as tinha abandonado. O reencontro não foi fácil, e o coração de Maya não foi fácil de conquistar.
No entanto, Vivien, a mãe de Maya, foi bem sucedida na conquista dos seus filhos, em particular desta menina que tinha tanto para contar. Desde então, criou-se um laço invejável entre mãe e filha.
Maya conta esta história de uma forma literária, e nem por momentos nos lembramos que estamos a ler uma biografia. A sua escrita tem todos os níveis de envolvência e fluidez, e não poucas vezes me recordou de Scout Finch (To Kill A Mockingbird) e das suas lutas internas de criança em crescimento.
Maya descreve uma mulher que a acompanha em tudo, a salva das garras do Mal, a protege, a acarinha e lhe sopra ao ouvido palavras de alento e de coragem.
Não consigo conceber uma melhor descrição de mãe, e muito bom saber que Maya Angelou teve uma pessoa assim perto de si. Recomendo muito.
A relação entre ambas não começou bem. Maya Angelou foi enviada para viver com a avó paterna e o irmão mais velho quando era ainda muito nova, e passou grande parte dos seus primeiros anos sem aquele contacto materno que tanta falta faz a uma criança em desenvolvimento. Algures neste percurso, quando tinha apenas sete anos, foi violada pelo namorado da mãe durante uma visita que lhe fez, e durante cinco anos não falou com ninguém.
Algum tempo mais tarde, a mãe pediu os filhos de volta e a avó obedeceu, muito a contragosto das crianças, que viam a mãe como uma perfeita estranha. Pior, uma estranha que tinha escolhido sê-lo e as tinha abandonado. O reencontro não foi fácil, e o coração de Maya não foi fácil de conquistar.
No entanto, Vivien, a mãe de Maya, foi bem sucedida na conquista dos seus filhos, em particular desta menina que tinha tanto para contar. Desde então, criou-se um laço invejável entre mãe e filha.
Maya conta esta história de uma forma literária, e nem por momentos nos lembramos que estamos a ler uma biografia. A sua escrita tem todos os níveis de envolvência e fluidez, e não poucas vezes me recordou de Scout Finch (To Kill A Mockingbird) e das suas lutas internas de criança em crescimento.
Maya descreve uma mulher que a acompanha em tudo, a salva das garras do Mal, a protege, a acarinha e lhe sopra ao ouvido palavras de alento e de coragem.
Não consigo conceber uma melhor descrição de mãe, e muito bom saber que Maya Angelou teve uma pessoa assim perto de si. Recomendo muito.