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A review by ggcd1981
The Woman in White by Wilkie Collins
challenging
mysterious
tense
slow-paced
- Plot- or character-driven? Plot
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? It's complicated
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? No
4.0
The woman in white não foi exatamente o que esperava, mas ainda assim gostei de ter lido. Primeiramente o formato dele foi diferente de mistérios como de Arthur Conan Doyle ou Agatha Christie de forma inesperada para mim. O livro é composto de testemunhos escritos e entradas em diários utilizados como evidência em um caso judicial contra os vilões do livro, Sir Percival Glyde e, a mente por trás do crime, o italiano Conde Fosco. O livro foi um mistério bem construído, nesse caso a pergunta não era “quem matou?” mas sim qual o mistério de Sir Percival e porque ele internou a personagem Anne Catherick em um asilo para doentes mentais. Também qual o mistério que Conde Fosco temia? O livro teve bastante originalidade para época, apesar de achar que foi um pouco longo demais. Esse tamanho com certeza fez com que o livro se arrastasse em algumas partes. Especialmente porque por muito desse livro enorme tudo dava certo para os antagonistas e tudo dava errado para os protagonistas, o que me fez sentir como se eu simplesmente estivesse lendo a história de como esses vilões triunfariam e os protagonistas seriam injustiçados. Isso me deixou desconfortável com a narrativa durante um tempo porque não queria ler esse tipo de história. Porém, felizmente, próximo ao final o livro teve uma virada e os mistérios começaram a ser revelados e os planos dos vilões foram frustrados, mesmo que não inteiramente, já que eles conseguiram roubar a fortuna de Lady Laura. Mas Laura teve sua identidade, que havia sido roubada, restaurada e casou com seu verdadeiro amor Walter Hartright. A forma como Walter venceu Conde Fosco foi um pouco conveniente demais, mas depois de um livro tão longo estava disposta a aceitar isso. A obra teve sucesso em criar alguns antagonistas realmente odiosos como o tio de Laura Frederick Fairlie, ele era hipocondríaco e egocêntrico e, mesmo não intencionalmente causando o mau, seu egocentrismo e falta de consideração por outros o tornaram odioso. Conde Fosco foi um excelente e odioso vilão, com certeza um dos personagens mais inteligentes e ardilosos que li até hoje. Um terceiro personagem que quero destacar esse, porém não é odiosa, é Marian Halcombe, a meia irmã de Laura e, junto com Walter, sua principal defensora. Marian é personagem que me dá sentimentos conflitantes, por um lado ela é extremamente inteligente, prática, determinada e coloca o bem-estar de sua irmã acima de qualquer coisa. Elementos que a tornariam um excelente personagem feminino especialmente por ter sido escrita por um autor homem em 1859. Mas por outro lado Marian tem muita misoginia e sexismo internalizados e em várias ocasiões diminui e difama a si mesma na condição de mulher e a mulheres em geral. Isso torna difícil para mim enquanto mulher me apegar a Marian inteiramente, pois ela não vê que ela mesma é uma prova viva contra tudo que ela acredita a respeito das mulheres como um todo. Apesar de por muito tempo a situação parecer sem esperança o livro teve um final feliz, demasiadamente conveniente, mas feliz. Foi um mistério original para época e vejo porque é um clássico. Meu desfrute da história teve altos e baixos, mas no geral acredito que a experiência foi positiva. Pela história ter sido diferente do que esperava, com diferentes mistérios a serem revelados, com um vilão inteligente e ardiloso até mesmo para os padrões modernos e por ter feito tudo isso já em 1859 dou 4 estrelas.
Graphic: Confinement, Death, Emotional abuse, Mental illness, Misogyny, Sexism, Toxic relationship, Forced institutionalization, Grief, Murder, Fire/Fire injury, and Abandonment
Moderate: Body shaming and Gaslighting
Minor: Death of parent