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A review by jessicagpedro
As Coisas Que Faltam by Rita da Nova
5.0
“Somos todos pessoas incompletas a tentar ser um bocadinho menos incompletas a cada dia”.
“Apesar disso, tinha dificuldade em usar verbos no passado para falar sobre ele, mas era-lhe ainda mais doloroso perceber que nunca mais poderia conjugá-los no futuro.”
“Abria-se uma frincha de uma janela, o que, de qualquer das maneiras, era bem melhor do que uma janela completamente fechada.”
Comecei este livro pela manhã com uma expectativa gigante, por já seguir a Rita há tanto tempo e a admirar imenso, e termino-o agora assoberbada e com lágrimas nos olhos.
A escrita da Rita é simples e complexa, entra pelas nossas veias e chega a lugares que nem temos bem consciência que existem, verbaliza sentimentos que se sentam connosco todos os dias e temos dificuldade em tratar por “tu”. A temática deste livro toca-me especialmente, não partilhando as mesmas circunstâncias, mas sim o que a ausência de uma figura paterna traz à nossa vida. Não partilho também muitos traços com a Ana Luís, mas como é referido no livro, não temos de ser iguais para passar por momentos similares. E estas páginas enchem-me com um sentimento de empatia e compreensão - existirão sempre coisas que faltam, e não faz mal.
Obrigada, Rita, por levares um pedacinho do meu coração e por provares que há beleza na tristeza.
“Apesar disso, tinha dificuldade em usar verbos no passado para falar sobre ele, mas era-lhe ainda mais doloroso perceber que nunca mais poderia conjugá-los no futuro.”
“Abria-se uma frincha de uma janela, o que, de qualquer das maneiras, era bem melhor do que uma janela completamente fechada.”
Comecei este livro pela manhã com uma expectativa gigante, por já seguir a Rita há tanto tempo e a admirar imenso, e termino-o agora assoberbada e com lágrimas nos olhos.
A escrita da Rita é simples e complexa, entra pelas nossas veias e chega a lugares que nem temos bem consciência que existem, verbaliza sentimentos que se sentam connosco todos os dias e temos dificuldade em tratar por “tu”. A temática deste livro toca-me especialmente, não partilhando as mesmas circunstâncias, mas sim o que a ausência de uma figura paterna traz à nossa vida. Não partilho também muitos traços com a Ana Luís, mas como é referido no livro, não temos de ser iguais para passar por momentos similares. E estas páginas enchem-me com um sentimento de empatia e compreensão - existirão sempre coisas que faltam, e não faz mal.
Obrigada, Rita, por levares um pedacinho do meu coração e por provares que há beleza na tristeza.