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A review by beabaptistaa
A Psalm for the Wild-Built by Becky Chambers
lighthearted
medium-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? It's complicated
- Diverse cast of characters? It's complicated
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
3.5
ainda não percebi muito bem porquê mas, ao contrário da maioria das pessoas, eu não achei este livro especial ou reconfortante (e eu juro que queria tanto...).
pontos positivos: amei o facto da personagem principal ser non-binary !!! foi a primeira vez que li um livro com alguém que utiliza os pronomes they/them e, apesar de ser um pouco confuso no início, no final já estava habituada. amei o Mosscap e o conceito dos robots um dia terem só decido que não iam mais servir os humanos e que queriam explorar a floresta E OS HUMANOS SÓ ACEITARAM E DEIXARAM (fofo, mega irrealista, mas achei piada). também amei a conversa sobre a recusa pela imortalidade e como funciona a "linhagem" dos robots.
pontos que não gostei: apesar de ser um livro pequenino não acho que a escrita seja suficientemente boa para aguentar 40% de um livro onde não acontece praticamente nada. tive muita dificuldade a imaginar os espaços na minha cabeça e a entender o ambiente (algo que nunca me acontece com o murakami, por exemplo). quando o livro deixa de ser vibes e passa a ser um pouco mais filosófico, sinto que é muito supérfluo e demasiado privilegiado. compreendo que a ideia que "nada importa" traga conforto a muitas pessoas e concordo que não necessitamos de um propósito para sermos felizes e realizados, mas quando a justificação é "porque existirmos e sermos é suficiente e maravilhoso", não sei...... não me caiu bem. que "podemos ter sonhos e ambições" e que "se não os conseguirmos realizar está tudo bem".... que "não precisamos de contribuir para o bem comum da sociedade" ou de "sermos produtivos" .... não é que eu discorde destas ideias, mas eu sinto que são apenas questões que devem iniciar uma conversa mais profunda (o que não acontece neste livro)! na minha opinião, só uma pessoa muito privilegiada é que pode largar tudo e não ter a preocupação em ser útil para a sociedade ou de não lutar pelos seus sonhos. eu entendo que o livro é numa sociedade utópica, mas sinto que sem querer está a promover um individualismo que me faz comichão. ONDE É QUE ISSO É COSY?!?!?! já para não falar da personagem principal dizer asneiras e ser tão desagradável para o robot, mais uma vez, cortou-me as cosy vibes.... noutro livro era-me indiferente, mas numa espécie de fábula utópica, toda amiguinha da natureza e do bem estar e da saúde mental, achei desnecessário e forçado dizer shit/fuck sempre que cortas uma cebola que te faz chorar, sei lá...
dito isto fico curiosa com o "a prayer for the crown-shy" porque pelos vistos acompanha o robot que eu gostei mil vezes mais que a pessoa.
pontos positivos: amei o facto da personagem principal ser non-binary !!! foi a primeira vez que li um livro com alguém que utiliza os pronomes they/them e, apesar de ser um pouco confuso no início, no final já estava habituada. amei o Mosscap e o conceito dos robots um dia terem só decido que não iam mais servir os humanos e que queriam explorar a floresta E OS HUMANOS SÓ ACEITARAM E DEIXARAM (fofo, mega irrealista, mas achei piada). também amei a conversa sobre a recusa pela imortalidade e como funciona a "linhagem" dos robots.
pontos que não gostei: apesar de ser um livro pequenino não acho que a escrita seja suficientemente boa para aguentar 40% de um livro onde não acontece praticamente nada. tive muita dificuldade a imaginar os espaços na minha cabeça e a entender o ambiente (algo que nunca me acontece com o murakami, por exemplo). quando o livro deixa de ser vibes e passa a ser um pouco mais filosófico, sinto que é muito supérfluo e demasiado privilegiado. compreendo que a ideia que "nada importa" traga conforto a muitas pessoas e concordo que não necessitamos de um propósito para sermos felizes e realizados, mas quando a justificação é "porque existirmos e sermos é suficiente e maravilhoso", não sei...... não me caiu bem. que "podemos ter sonhos e ambições" e que "se não os conseguirmos realizar está tudo bem".... que "não precisamos de contribuir para o bem comum da sociedade" ou de "sermos produtivos" .... não é que eu discorde destas ideias, mas eu sinto que são apenas questões que devem iniciar uma conversa mais profunda (o que não acontece neste livro)! na minha opinião, só uma pessoa muito privilegiada é que pode largar tudo e não ter a preocupação em ser útil para a sociedade ou de não lutar pelos seus sonhos. eu entendo que o livro é numa sociedade utópica, mas sinto que sem querer está a promover um individualismo que me faz comichão. ONDE É QUE ISSO É COSY?!?!?! já para não falar da personagem principal dizer asneiras e ser tão desagradável para o robot, mais uma vez, cortou-me as cosy vibes.... noutro livro era-me indiferente, mas numa espécie de fábula utópica, toda amiguinha da natureza e do bem estar e da saúde mental, achei desnecessário e forçado dizer shit/fuck sempre que cortas uma cebola que te faz chorar, sei lá...
dito isto fico curiosa com o "a prayer for the crown-shy" porque pelos vistos acompanha o robot que eu gostei mil vezes mais que a pessoa.