A review by thebookthiefgirl
O Mistério de Edwin Drood by Charles Dickens, Paulo Faria, G.K. Chesterton
4.0
“(...) mas ninguém sabe ainda decifrar o alfabeto das constelações -nem parece próximo de o desvendar, no atual estádio da nossa existência - e poucos idiomas há que possam ser lidos enquanto não aclaramos o respetivo alfabeto.”
.
.
Ler o último romance alguma vez escrito por Charles Dickens e , ainda por cima, de forma inacabada , devido à sua morte repentina , foi uma experiência de leitura estranha.
.
.
Como disse Chesterton “A Dickens foi permitido morrer num momento dramático e deixar atrás de si um mistério dramático .”
.
.
Sendo irónico que o próprio título seja à volta do mistério do desaparecimento de Edwin Drood, um jovem arquiteto , depois de uma noite festiva , Dickens deixou-nos o supremo romance policial, cujas respostas não nos são esclarecidas de todo . Deixa-nos conjecturas , pistas notórias sobre o perpetuador do crime , deixando -nos apenas com uma história inacabada , em que a confissão do criminoso não sai pela boca dele, como seria visível numa história de Agatha Christie.
.
.
E aí assenta a originalidade da leitura deste romance . Dickens poderá ou não , numa outra vida , esclarecer este mistério mas prefiro pensar que as múltiplas realidades possíveis ficam ao critério do leitor , levando -nos a criar a nossa própria história . Edwin Drood será , certamente , o mistério que permanecerá na minha cabeça durante anos , levando -me a tentar resolver este quebra -cabeças do seu desaparecimento.
.
.
Tal como nos seus romances precedentes , o humor certeiro e penetrante de Dickens deixou-me maravilhada , com vontade de rir , porque ninguém escapa à crítica do autor , desde os filantropos aos “grandes” senhores da sociedade. O ópio e o colonialismo são temas chave do romance , onde se vê uma ideia um pouco contraditória na nossa percepção do autor , o que nos faz talvez ficar um pouco desiludidos . Dickens era adepto do colonialismo e tinha até preconceitos perante os povos colonizados .
.
.
Dentro dos livros que já li de Dickens , Edwin Drood não é o meu favorito e sei que para muita gente o facto de a história se encontrar suspensa pode ser frustrante . Por isso , quem se aventurar a ter uma mente mais aberta , que coloque este romance perante os seus olhos , caso contrário, não o faça .
.
.
.
.
Ler o último romance alguma vez escrito por Charles Dickens e , ainda por cima, de forma inacabada , devido à sua morte repentina , foi uma experiência de leitura estranha.
.
.
Como disse Chesterton “A Dickens foi permitido morrer num momento dramático e deixar atrás de si um mistério dramático .”
.
.
Sendo irónico que o próprio título seja à volta do mistério do desaparecimento de Edwin Drood, um jovem arquiteto , depois de uma noite festiva , Dickens deixou-nos o supremo romance policial, cujas respostas não nos são esclarecidas de todo . Deixa-nos conjecturas , pistas notórias sobre o perpetuador do crime , deixando -nos apenas com uma história inacabada , em que a confissão do criminoso não sai pela boca dele, como seria visível numa história de Agatha Christie.
.
.
E aí assenta a originalidade da leitura deste romance . Dickens poderá ou não , numa outra vida , esclarecer este mistério mas prefiro pensar que as múltiplas realidades possíveis ficam ao critério do leitor , levando -nos a criar a nossa própria história . Edwin Drood será , certamente , o mistério que permanecerá na minha cabeça durante anos , levando -me a tentar resolver este quebra -cabeças do seu desaparecimento.
.
.
Tal como nos seus romances precedentes , o humor certeiro e penetrante de Dickens deixou-me maravilhada , com vontade de rir , porque ninguém escapa à crítica do autor , desde os filantropos aos “grandes” senhores da sociedade. O ópio e o colonialismo são temas chave do romance , onde se vê uma ideia um pouco contraditória na nossa percepção do autor , o que nos faz talvez ficar um pouco desiludidos . Dickens era adepto do colonialismo e tinha até preconceitos perante os povos colonizados .
.
.
Dentro dos livros que já li de Dickens , Edwin Drood não é o meu favorito e sei que para muita gente o facto de a história se encontrar suspensa pode ser frustrante . Por isso , quem se aventurar a ter uma mente mais aberta , que coloque este romance perante os seus olhos , caso contrário, não o faça .
.
.