A review by kiriamarin
Anna la dulce by Dezső Kosztolányi
4.0
Existe um nicho literário que descreve personagens femininas, alienadas de um ambiente, um lugar,de um período de tempo, da sociedade. Aqui nesta obra conta a estória de Anns Edes,uma servente, uma página em branco ou um buraco negro,as páginas viram e continuamos tentando decifra-la. Pode ser frustrante e irritante, há uma matéria vivente, mas a alma e o espírito? Também um defeito literário...mas não me incomodou.
Ela vai trabalhar na casa de um casal burguês, que sofreu revés econômico com as transições políticas entre bolcheviques e comunistas.
É nesse ambiente teatral de uma classe social de ser e parecer, também alienada dos seus inferiores: os serventes,que ela vai ser explorada,desumanizada e destrinchada pelo escritor em detalhes.
Há um viés de critica ao estilo de vida burguês, de como pensam e se comportam, de egoísmo e falta de empatia,do qual noções de humanidade são meras idéias abstratas.
Na eterna diferença de classes sociais e politicas, que quando colidem na maioria das vezes é violento.
Essa relação quase feudal de senhores em serventes, que entra em choque com ideias comunistas vigentes. No qual os "trabalhadores" são mero espectadores,máquinas ordenadas sob o comando dos ricos e poderosos,que agem como baratas e ratos,sobrevivendo a qualquer custo para se manter na hierarquia social.
Anna é uma "alien" neste ambiente que vai ser infectada, porém como uma sonâmbula, suas ações não a despertam de todo.
É uma daquelas obras que te faz refletir sobre os porquês deste mundo ,também de metáforas e simbolismos sobre a inércia da massa contra os sistemas que governam a sociedade .
E uma dúvida, seria o pó que Jacsin deu pra ela abortar, mercúrio? O que causa alucinações ,confusão, letargia, talvez um motivo para o terrível crime...
Ela vai trabalhar na casa de um casal burguês, que sofreu revés econômico com as transições políticas entre bolcheviques e comunistas.
É nesse ambiente teatral de uma classe social de ser e parecer, também alienada dos seus inferiores: os serventes,que ela vai ser explorada,desumanizada e destrinchada pelo escritor em detalhes.
Há um viés de critica ao estilo de vida burguês, de como pensam e se comportam, de egoísmo e falta de empatia,do qual noções de humanidade são meras idéias abstratas.
Na eterna diferença de classes sociais e politicas, que quando colidem na maioria das vezes é violento.
Essa relação quase feudal de senhores em serventes, que entra em choque com ideias comunistas vigentes. No qual os "trabalhadores" são mero espectadores,máquinas ordenadas sob o comando dos ricos e poderosos,que agem como baratas e ratos,sobrevivendo a qualquer custo para se manter na hierarquia social.
Anna é uma "alien" neste ambiente que vai ser infectada, porém como uma sonâmbula, suas ações não a despertam de todo.
É uma daquelas obras que te faz refletir sobre os porquês deste mundo ,também de metáforas e simbolismos sobre a inércia da massa contra os sistemas que governam a sociedade .
E uma dúvida, seria o pó que Jacsin deu pra ela abortar, mercúrio? O que causa alucinações ,confusão, letargia, talvez um motivo para o terrível crime...