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A review by nalagomes
A Mais Secreta Memória dos Homens by Mohamed Mbougar Sarr
5.0
Fui devorada, engolida por este livro. Torna-se quase impossível de fazer review porque não tenho palavras suficientes para traduzir o estado de fascínio que este livro me deixou. O mistério, a escrita, a dor palpável deixada pelo colonialismo que atravessa séculos de gerações e continentes, as questões sobre identidade, arte e se conhecemos alguém através de seu legado - tudo se junta neste livro que realmente merece, a meu ver, a palavra obra-prima.
A primeira parte trata mais da construção da personagem principal, que nos deixa praticamente sem folego. Parágrafos intermináveis, de uma linguagem não muito direta, mas escritos de forma magistral que nos faz perder nos pensamentos de Diégane Faye. De seguida, a segunda parte do livro - ja nunca escrita mais soft e organizada - desenrola-se a busca do “O Labirinto do Inumano”, um livro não terminado que leva à procura do seu autor entretanto “desaparecido” no tempo e no espaço. Quando defino esta senda como intensa, não significa que será uma procura do Templo Perdido à la Indiana Jones. É intensa devido às questões que são levantadas, aos sentimentos gerados e às revelações. Teve alturas em que senti que levava um murro no peito. Por último, um final que me pareceu compreensível. Talvez haja quem pense que devia ter um final mais bombástico, mas depois da porrada que se levou, achei o mais apropriado.
A primeira parte trata mais da construção da personagem principal, que nos deixa praticamente sem folego. Parágrafos intermináveis, de uma linguagem não muito direta, mas escritos de forma magistral que nos faz perder nos pensamentos de Diégane Faye. De seguida, a segunda parte do livro - ja nunca escrita mais soft e organizada - desenrola-se a busca do “O Labirinto do Inumano”, um livro não terminado que leva à procura do seu autor entretanto “desaparecido” no tempo e no espaço. Quando defino esta senda como intensa, não significa que será uma procura do Templo Perdido à la Indiana Jones. É intensa devido às questões que são levantadas, aos sentimentos gerados e às revelações. Teve alturas em que senti que levava um murro no peito. Por último, um final que me pareceu compreensível. Talvez haja quem pense que devia ter um final mais bombástico, mas depois da porrada que se levou, achei o mais apropriado.