A review by ggcd1981
Equal Rites by Terry Pratchett

adventurous funny lighthearted medium-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? No

4.25

Equal Rites segue personagens diferentes dos livros anteriores. No entanto considero os personagens introduzidos nesse volume ótimas adições ao Discworld. São os principais deles: Eskarina ou Esk como é chamada por sua família. Por engano Esk recebeu um cajado de poder ao nascer a destinando a se tornar uma wizard mulher, uma maga, algo inédito no Discworld, mas isso não impede a menina de perseguir seu objetivo de se tornar bruxa e maga; Granny Weatherwax, a bruxa da cidade de Bad Ass (cidade nomeada devido a um asno que se recusou a se mover), que fez o parto de Esk e anos depois tenta ensinar a menina bruxaria até ficar claro que Esk tem magia de mago. A bruxa então resolve fazer a menina ser aceita na Unseen University (Universidade Invisível) de um jeito ou de outro; Simon, um jovem desengonçado com olhos que parecem dois ovos pochê aguados e possui grande talento para magia. Ele sofre de uma terrível alergia e gagueira. Simon conhece Esk no caminho para a Unseen University e se tornam amigos. 

A atmosfera da obra é muito boa, a magia não tem regras claras tornando o clima do livro “caprichoso”, como se qualquer coisa pudesse acontecer. A escrita de Terry Pratchett é brilhante, muito inteligente e espirituosa. Em vários momentos houveram citações dignas de serem destacadas como “era o tipo de dia chuvoso que te dizia que o céu tomou um diurético” (tradução minha feita de memória). O enredo foi bom...até se tornar decepcionante. A sinopse segue: “Eles dizem que um pouco de conhecimento é uma coisa perigosa, mas não é tão ruim quanto muita ignorância. ” Todo mundo sabe que não existe magas. Então, quando o mago Drum Billet acidentalmente passa seu cajado de poder para uma oitava filha de um oitavo filho, uma garota chamada Eskarina, o mundo misógino da magia não quer nada com ela. Felizmente Granny Weatherwax, a bruxa mais famosa do Discworld, tem muita experiência em ignorar o status quo. Com a ajuda da vovó, Esk entra furtivamente na mágica Universidade Invisível e faz amizade com o aprendiz de mago Simon cujo poder atrai estranhas criaturas de outras dimensões. Que comece a batalha dos sexos.... 

A princípio eu estava gostando muito do enredo, Esk determinada a provar que poderia ser tanto bruxa quanto maga e a vovó Weatherwax, de má vontade, determinada a ajuda-la independente do que os magos dissessem. Porém após Esk seguir Simon a outra dimensão, onde o jovem foi levado pois sua magia atraiu estranhas criaturas, a resolução que foi dada a situação foi decepcionante para mim. Até esse ponto o nível de intriga estava muito bom, mas a partir do momento que Esk descobriu que a solução para voltar e se livrar das criaturas era “parar de usar magia” a resolução para as questões colocadas foi bastante frustrante. Foi aí que o enredo descarrilhou para mim e a intriga não teve uma recompensa satisfatória. Quanto a lógica, ela não é o forte do Discworld pois este se apoia forte no absurdo, porém em alguns momentos a escrita, e essa é minha única crítica a prosa de Pratchett, não deixa claro o que está acontecendo, por exemplo um personagem participa de uma cena e logo em seguida está em outra cena falando de outra coisa e sem nenhuma forma clara de estabelecer a mudança temporal e de cenário. Isso gera alguns momentos de confusão mental, mas nada que realmente atrapalhe o aproveitamento do livro. Em termos desse aproveitamento a obra foi muito boa. Equal Rites me fez rir, como de costume para o autor, e me apegar a esses personagens novos para mim. Minha diversão, no entanto, foi afetada pela decisão de Esk e Simon de não usar magia, pois leio livros de Fantasia justamente pelo fantástico, pelo mágico. Se estivesse interessada em soluções práticas e não mágicas Fantasia não seria meu gênero de literatura preferido. Porém o livro teve magia e humor suficiente para ser uma experiência divertida apesar da solução decepcionante para o conflito do terceiro ato. Dou 4.25 estrelas.


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