Reviews

One of my favorite Murakami moments occurs in this novel and this is when a girl likens the voice of Bob Dylan to standing at a window watching it rain outside. This actually makes sense to me. I mean, how else would one describe Dylan's voice? Pretty much anything I could do to try and describe Hard-Boiled Wonderland would end the same way, but this is not necessarily a bad thing. I found this novel to be quite interesting, especially the chapters dealing with the Town which exists inside the main character's Mind. A town, that reads very Freud to me with a sprinkling of Jung on the top, and a place entirely within the Mind. What makes these passages so interesting is the notion that to enter the Town (Mind) is to become separated from one's Shadow. A shadow that continues to exist for a time while you are in the Town but slowly dies and can never be reattached. Once this happens the Mind is forever separated from the Ego and every 'mindless' inhabitant in the Town lives a blissful existence where nothing much ever happens, presumably because there are no Egos to contend with. Fascinating. Also fascinating are the Beasts (unicorns) who carry the Ego parts of the Mind out of the town and then die every season. Even more interesting is that our main character upon being separated from his Shadow becomes a Dreamreader in the Town, a task that is carried out until the Shadow dies completely. Dreamreaders read the skulls of deceased Beasts after the Caretaker removes the heads and boils out the remains of the brains. There is much genre-blending here and as per usual with Murakami, inviting descriptions of music and food, as well as references to other authors such as Turgenev and Stendhal.

Spoiler:

At the conclusion of the novel our main character decides not to leave the Town and attempt to rejoin with his Shadow, but rather stay behind and be forced to wander the Woods until his Shadow dies, which is questionable now since the Shadow is leaving the Mind? What this all means I'm not entirely sure. Same for what Calcutecs, Semiotecs, and INKlings represent. A Hard-Boiled Wonderland reminds me in some respects of another early Murakami novel: A Wild Sheep Chase, but in Sheep Chase at least I generally had a more solid foundation from which to decipher meaning! Not so much in Wonderland, at least on first reading.

jessiedev's review against another edition

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5.0

Yes yes yes.

cerilla's review against another edition

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5.0

Escribo mi reseña solo para poder decir que este es mi libro favorito del autor y acabo de leer un comentario muy bueno que explica que es el menos "Murakanesco" (en cuanto a fórmulas, trama, tratamiento de personajes y relaciones...) así que supongo que eso significa que, en el fondo, no me gusta Murakami.

acmarinho3's review against another edition

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5.0

As palavras já se tornam repetidas quando me refiro a Murakami. Sou absolutamente apaixonada pelos seus livros e, sendo o meu escritor predileto, sempre disse que queria ler tudo o que fosse dele ou o envolvesse. Apesar de já ter essa premissa bem definida e de saber o quanto adoro os seus livros, sempre que termino um novo fico totalmente arrebatada. Como é possível ele deixar-me sempre (mas mesmo sempre) neste estado? Uma mistura de êxtase com introspeção. Uma tristeza profunda por ter terminado. De repente, sinto que "O Impiedoso País das Maravilhas e o Fim do Mundo" se tornou o meu livro preferido. Aborda um tema que me toca particularmente e Murakami desenvolve-o de uma maneira tão sublime que fico embasbacada. As metáforas presentes em todo o livro são magníficas. A profundidade das suas palavras são supramundanas. Emocionei-me imenso com esta história e conforme me ia envolvendo mais, maior era o enternecimento, maior era o aperto no meu coração. O conceito de "perda" é trabalhada de forma tão delicada e com tanta mestria que estava constantemente arrepiada. Certas ideias e questões são lançadas a meio do livro e são esclarecidas de maneira subtil e inteligente no final, representando na perfeição a vida: as mil dúvidas que vamos tendo e que, na nossa reta final, num momento de introspeção, vemos respondidas.
Murakami escreve frases de uma beleza rara e humana. Destaco algumas como:
"Estávamos todos a ficar velhos. Era algo tão inegável como a chuva."
"Quando perdes uma coisa uma vez, mesmo que essa coisa deixe de existir, continuas a perdê-la durante toda a eternidade."
"Senti pela primeira vez em vários dias que não queria abandonar este mundo. Não queria saber para que mundo iria a seguir. Mesmo supondo que, ao longo dos meus trinta e cinco anos de vida, tivesse consumido noventa e três por cento do fulgor da minha vida, não me importava. Queria continuar a contemplar eternamente o futuro das coisas e conservar com amor os restantes sete por cento."
"Teria querido desfazer-me em lágrimas, mas não podia chorar. Era demasiado adulto para o fazer, tinha demasiadas experiências na minha vida. Neste mundo existe um tipo de tristeza que não te permite verter lágrimas. É uma das coisas que não é possível explicar a ninguém e, mesmo que pudesses, ninguém te compreenderia. E essa tristeza, sem mudar de forma, vai-se acumulando em silêncio no teu coração como a neve numa noite sem vento."

Um eterno obrigada, Murakami ❤

kheleesi's review against another edition

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challenging reflective relaxing slow-paced

Plot- or character-driven? Character
Strong character development? Yes
Loveable characters? Yes
Diverse cast of characters? No
Flaws of characters a main focus? No

3.0

Definitely the most dreamy and introspective of the Murakami books I’ve read. Not my favorite, and it overstays its welcome in certain parts near the middle, but overall a very interesting reflection on the inner workings of the mind.

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