Reviews

Trens rigorosament vigilats by Bohumil Hrabal

kk_123's review against another edition

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dark

3.0

antonia_delarose's review against another edition

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dark emotional medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? No
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? No

1.75

tiffany_lishan's review against another edition

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dark funny reflective medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

3.0


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shimmery's review against another edition

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4.0

Milos is an apprentice at a Czech railway station at the end of the 2nd world war. Coming back to work after a suicide attempt, he slips back in to life with his two colleagues: the train dispatcher, who finds creative ways to be scandalous, and the station master, who when not seeking a promotion rushes upstairs to shout rants in to the ventilator or else disappears in to his loft of pigeons.

This book manages to be charming and funny while also having real horrors and sadness in it. The whole thing is only 85 pages long and the story is revealed in small scenes that slip from past to present and back so that it feels almost like a piece of cinema jumping between snapshots.

It's the kind of book that makes you braver for having read it. Some parts are downright silly, others heartbreaking; the juxtaposition is masterful. I really enjoyed it and will probably read it again.

ellabur's review against another edition

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dark emotional inspiring reflective sad fast-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

4.0

elspethm's review against another edition

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3.5

It was sort of on par with other "1001 Books You Must Read" books.  A short novel on a young man who works as a conductor in the Czech Republic during the War.  It didn't really seem to have much of a statement to me other than "War is Hell", but I'm interested in watching the movie to see if I get more out of it then. 

kah's review against another edition

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challenging dark funny reflective sad medium-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? Yes

5.0

jmcook's review against another edition

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emotional funny hopeful inspiring medium-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? It's complicated

5.0

elihrus's review against another edition

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dark emotional reflective sad fast-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? No

4.5

I know a lot of people don't like Hrabal - you either love the writing or hate it. I think what is so appealing about it is its humanness. I don't see the vulgarity people usually rebuke Hrabal for. Is it simple? Yes. But that's the point. It's relatable, rough, and life is described in it's purest, ugliest, most disgusting, but also the happiest, form.

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pedrorondulhagomes's review against another edition

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5.0

Diz-se que o sentido de humor é um sinal de inteligência. A capacidade de olhar para o mundo, mesmo nas mais adversas circunstâncias, especialmente nestas, e encontrar o que em nós e nos outros há de risível, é por vezes a única alternativa ao colapso.

A tragicomédia tem uma longa tradição: desde a antiguidade grega, até ao teatro do absurdo, de inspiração existencialista.

A obra de Franz Kafka (incidentalmente compatriota de Bohumil Hrabal) tantas vezes vista como um pináculo da angústia existencial, também pode ser olhada do ponto de vista humorístico. Trata-se, é certo, de um humor subterrâneo, que se infiltra lentamente, em que o escritor mantém uma compostura de jogador de poker, mas que acaba por se revelar sob o peso do absurdo. Reza a história que o próprio tinha ataques de riso enquanto lia trechos aos amigos. E que haveremos de pensar da situação do pobre Gregor Samsa "quando certa manhã acordou de sonhos intranquilos" transformado num monstruoso insecto, mas cuja primeira preocupação é como ir trabalhar.

A estratégia de Bohumil é diferente. Os seus personagens são declaradamente tolos, mas ocasionalmente, inesperadamente, profundos.

A acção desenrola-se na Checoslováquia durante a Segunda Grande Guerra, sob ocupação alemã, onde os habitantes tiram um melhor partido possível da situação: a fuselagem da asa de um avião abatido transforma-se rapidamente em material de construção para coelheiras e galinheiros ou em belos protectores de pernas para motocicletas.

Desde logo o título tem também alguma coisa de cómico, não por si mesmo, mas no modo como é usado repetidamente ao longo da história. Da mesma forma que o "senhor chefe da estação" é sempre assim designado, por extenso. Este, aspirando a uma promoção iminente, vê o seu objectivo constantemente sabotado, resignando-se a gritar a sua má sorte para o poço de ventilação. Sabotado desde logo pelo comportamento libidinoso do sinaleiro, que avança corajosamente à vista de qualquer rabo de saia, carimbando o dito rabo da telegrafista com todos os carimbos disponíveis na estação ferroviária, para escândalo e admiração de todos. Sobretudo do mais jovem e tímido aprendiz, Miloš Hrma (o narrador), atormentado por uma ansiedade de desempenho que o fez "murchar como um lírio" perante os avanços da namorada no estúdio do tio - o sugestivo "pronto em cinco minutos". Salvo de uma tentativa de suicídio por um pedreiro, que mais tarde se revelou Deus, redime por fim a sua falta de confiança com a bela Viktoria sobre "o canapé forrado a oleado" do senhor chefe da estação enquanto ao longe bombardeavam Dresden.

Quem não percebe o quão risíveis somos, não percebe nada. Hrabal percebeu. Morreu caindo de uma janela do hospital enquanto tentava alimentar pombos.