Reviews

L'ultima fuggitiva by Tracy Chevalier

abirej's review against another edition

Go to review page

challenging emotional hopeful tense medium-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? It's complicated

4.0

Very interesting perspective on the Quakers in the Underground Railroad. All the characters were flawed in a believable way; I enjoyed reading the way Honor approached race relations in an innocent, almost childlike way, contrasted with Quakers who had lived in America for quite some time. Very engaging writing style, I enjoyed the ending very much. 

kategolledge's review against another edition

Go to review page

adventurous dark reflective fast-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? It's complicated

4.0

There's a poetry to the fact that I took this photo BEFORE I knew that this book was about the Underground Railroad - what are the chances! This beautiful novel set in the 1850's tells the story of Honor, a young Quaker woman who migrates to America. Told through prose, letters home and a metaphor about Quilting, the simplicity of Honor's life and thinking makes for a very compelling book. Like Girl with a Pearl Earring - read it in a day!

jcqln112's review against another edition

Go to review page

adventurous challenging dark emotional hopeful sad tense
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? Yes

4.0

maryanneross's review against another edition

Go to review page

4.0

Absorbing and good accessible writing. With only one point of view, I wish it had given a glimpse of how others felt.

booksnooksandcooks's review against another edition

Go to review page

3.5

Might add more to this later once I gather my thoughts. Well-written and kept me interested (hence finishing it in a day). I liked the way Chevalier balances duty to religion and duty to law and the uncomfortable reality and consequences many people face when doing what’s right.

That being said, I have…complex feelings over Donovan’s role in the book. Again, need to gather my thoughts.

Very interested in the quilting aspect though!

kirstenrose22's review against another edition

Go to review page

4.0

Really a 3 and 1/2, but I rounded up because I mostly enjoyed this! The quilting and sewing were pretty appealing to me, and I really liked the comparisons - the culture shock! - between England and Ohio. I hated the character of Donovan and couldn't see why Honor was so drawn to him. (Except it was lust, right? For such a placid person, Honor is very driven by lust, moreso than almost anything else. And also, ew.) Also, Honor Bright is such a very terrible name - give me a break! I enjoyed reading it and it went quickly, but it was not her strongest work.

clairesle's review against another edition

Go to review page

5.0

I enjoyed this book very much. A random pick off the shelf of "Staff Recommendations" at the Sharonville Libraries Branch, I had few expectations. I was excited to read about Ohio and the Underground Railroad. I also liked Chevalier's simplistic writing style; there was little that I misunderstood or had to look up. The book read very quickly, perhaps due to its reasonable lengths of chapters? This was my first read by Chevalier, but it certainly won't be my last!

reaghan527's review against another edition

Go to review page

dark hopeful reflective slow-paced
  • Plot- or character-driven? Plot
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? No
  • Diverse cast of characters? It's complicated
  • Flaws of characters a main focus? Yes

2.0

When 1/3 of your love triangle is a slave hunter who REALLY loves his job and our main girly is *still* having trouble deciding, I feel like maybe she shouldn't be portrayed as the moral compass of this book.

abibedford's review against another edition

Go to review page

adventurous challenging dark emotional hopeful inspiring tense fast-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? It's complicated

4.0

katya_m's review against another edition

Go to review page

Fitou o homem. Era de altura e constituição medianas, com cabelo crespo e faces largas. Estava descalço e vestido com roupas coçadas e sujas. E esta era toda a informação que conseguia absorver, ou sabia como absorver, pois não estava familiarizada com os traços fisionómicos dos negros o suficiente para conseguir avaliá-los, compará-los ou descrevê-los. Não sabia se o homem estava assustado, zangado ou resignado. Aos seus olhos, era apenas negro.

Com um pano de fundo delicado como o é a abolição da escravatura, a fuga dos escravos dos estados do sul e o prenúncio da guerra civil, destaca-se a luta de uma mulher para encontrar o seu lugar num país estrangeiro e hostil. Para o conseguir, procurará trazer a reposta a questões que a assaltam desde " em que assenta a fragilidade dos laços que nos ligam" ou de onde vem o "sentido de comunidade" numa narrativa compassiva à qual o seu tom protetor de heroína empresta um cunho muito próprio.

O Ohio 'tá cheio de caçadores de escravos, vêm do Kentucky e da Virgínia pra tentar levar os negros de volta pròs seus proprietários. Há muitos escravos fugidos que passam por aqui, a caminho do Canadá. Na verdade, há muito trânsito no Ohio, pra um lado ou prò outro. Diabo, uma pessoa põe-se num cruzamento e é vê-los passar. Do leste prò oeste, tens os colonos à procura de mais terra. Do sul prò norte, há escravos fugidos em busca da liberdade. É engraçado, ninguém quer ir prò sul ou pra leste. É o norte e o oeste que inspiram algum tipo de promessa.

Desterrada num meio onde a sobrevivência impera sobre todas as coisas, Honor Bright (uma jovem quaker inglesa em idade casadoira) tem de aprender a conviver com os códigos e as regras conduta de uma América dividida na qual amigo e inimigo se fazem anunciar por sinais mínimos e imperceptíveis:

O escravo tinha o rosto ferido, a roupa rasgada, mas, quando Donovan partiu, os olhos dele fitaram os dela por um breve momento. Donovan não viu essa troca de olhares, mas Jack viu. Olhou de relance para a mulher, e ela baixou os olhos. Até o olhar se tinha tornado perigoso.

O seu questionamento, sintoma de uma viagem de auto descoberta, vai da inconstância da vida em comunidade e da dificuldade em criar raízes ao sentido de pertença e à união familiar, que Honor não parece conseguir encontrar:

(...)não me sinto enraizada. É como se, como se estivesse a flutuar e os meus pés não tocassem no chão. Em Inglaterra, eu sabia onde estava e sentia-me fixa naquele lugar.
(...)Isso é o Ohio - disse a Sra. Reed. Muitas pessoa diz o mesmo.
- Toda a gente passa p'lo Ohio só pra chegar a outro lugar - acrescentou Belle. - Os foragidos vão pra norte; os colonos prò oeste. Conheces alguém e nunca tens a certeza se vais encontrar essa pessoa no dia seguinte. No dia seguinte, no mês seguinte ou no ano seguinte já pode ter partido.


Sem se esgotar em si mesma, a sua busca continua através da dissecação dos princípios que regem a sociedade, a comunidade e os indivíduos:

Tinha começado por um princípio claro nascido de uma vida inteira a sentar-se em silenciosa expectativa: a de que todas as pessoas são iguais aos olhos de Deus e, como tal, não devem ser escravizadas umas pelas outras. Todo e qualquer sistema de escravatura deve ser abolido. Parecera-lhe simples em Inglaterra; e no entanto, no Ohio, esse princípio era minado por argumentos económicos,circunstâncias pessoais e um preconceito há muito enraizado e que ela pressentia mesmo entre quakers. Era fácil imaginar o banco dos negros na Casa de Reunião de Filadélfia e sentir-se indignada; mas que será que ela própria se sentiria realmente confortável s ao lado de uma pessoa negra? Era capaz de ajudá-los, mas não os se se sentasse conhecia como pessoas. (...)
Quando um principio abstrato se enredava na vida quotidiana, perdia a sua clareza e acabava por comprometer-se e fragilizar-se.


___


Julgas que, só porque os Quakers dizem que os homens são todos iguais aos olhos de Deus, isso significa que sejam iguais aos olhos uns dos outros?

...a religiosidade e a espiritualidade:

-Há uma coisa que gostava de saber sobre os Quakers - disse baixando o jornal.
Honor levantou os olhos.
- Vocês sentam-se todos juntos, calados, não é? Sem hinos, nem preces, nem um pregador pra vos fazer pensar. Porquê?
- Estamos à escuta.
- De quê?
- De Deus.


E, mais importante de tudo, o questionamento acerca das nossas expectativas e das nossas limitações enquanto seres imperfeitos, movidos por interesses, valores e ideias díspares:

A mulher chamava-se Virginie. Durante toda aquela noite que Honor passara com ela na floresta e nos campos, não lhe ocorrera perguntar-lhe o nome. Na verdade, nunca perguntara o nome a nenhum dos foragidos. Agora, perguntava-se porquê. Talvez não tivesse querido personalizá-los dessa forma. Sem nomes, era mais fácil deixá-los desaparecer da sua vida.

Com pormenores deliciosos, representativos da feminilidade, da comunhão e da transição da infância para a idade adulta em alta evidência na narrativa, atuando como pequenos retalhos numa enorme manta - sejam eles a costura, o patchwork, ou a produção de conservas -, podemos definir A Última Fugitiva como um longo desfiar de reflexões acerca de preconceitos, posturas e atitudes que assumimos ou não, que confrontamos ou não, que aceitamos ou não - e, se não aceitamos, procuramos (se tivermos coragem) mudar: para melhor.